E aí, corredor?!
Estar atento à quantidade de umidade relativa do ar nada mais é que saber qual o nível de vapor d’agua presente no ar atmosférico. Para se ter uma idéia, quando dizemos que a umidade relativa do ar é de 70% significa que faltam 30% para o ar reter todo o vapor d’agua e começar a chover. Importante variável metereológica, a umidade ideal para correr fica entre 50% e 60%.
No Brasil, país de dimensões continentais, estamos sujeitos a todo tipo de condições para correr. Alta umidade na região sudeste e baixa na centro-oeste no mesmo período do ano, por exemplo.
Em algumas regiões do País, como o Centro-Oeste, os níveis de umidade são muitos baixos. O ar seco pode ressecar as extremidades, rachar os lábios e dificultar a respiração. A transpiração também é maior em casos de temperatura alta e baixa umidade do ar, levando o corredor ao risco de desidratação. Nesse caso, deve-se repor a água e os sais minerais perdidos, ingerindo isotônicos ou água. Além disso, roupas leves são fundamentais para facilitar a regulagem da temperatura corporal.
Já quando a umidade do ar é outro extremo, ou seja, muito alta, o efeito é contrário. A transpiração é prejudicada e ocorre a probabilidade de hipertermia, que é a temperatura corporal muito elevada. Nesse caso, existe uma dificuldade de evaporação do suor e o atleta corre o risco de um ‘superaquecimento’ do corpo. Em casos de umidade relativa do ar muito elevada, os cuidados são os mesmos: roupas adequadas, uma boa hidratação e, também, horários de treinamento ideais.
Já vivi as duas experiências. Como moro em Brasília, treino e corro na época da seca com baixa umidade relativa do ar, que chega a menos de 15% no auge do período da seca, em agosto e setembro. Some-se a isso o fato de a cidade estar há cerca de mil metros acima do nível do mar, o que deixa o ar mais rarefeito.
Já vivi as duas experiências. Como moro em Brasília, treino e corro na época da seca com baixa umidade relativa do ar, que chega a menos de 15% no auge do período da seca, em agosto e setembro. Some-se a isso o fato de a cidade estar há cerca de mil metros acima do nível do mar, o que deixa o ar mais rarefeito.
Daí a dificuldade de respirar é uma constante para nós e a hidratação, mesmo sem estarmos treinando, é essencial pois o risco de desidratar é grande. Além disso, o cansaço físico é mais rápido do que em cidade litorâneas, por exemplo.
Mas em dezembro de 2010 tive a outra experiência: temperatura elevada e alta umidade do ar. Correndo na Volta da Pampulha percebi logo os efeitos desta combinação. O corpo pesado, as passadas difíceis, o calor intenso dificultando o desenvolvimento na prova. Vi atletas desmaiando na pista, cena que quero esquecer. E o pior para nós é que sobra "pulmão" mas não conseguimos desenvolver muito. Pelo menos foi isso que senti.
Enfim, é bom sempre ficar atento à temperatura e à umidade do ar aonde quer que venhamos a correr. E não exagerar nas doses de treinos, principalmente em níveis extremos, além de observar os sinais do seu corpo. Sentindo algo diferente, o melhor é parar para não ter problemas maiores.
Boas passadas.
Um comentário:
É nessa época que as áreas verdes de Brasília aliviam nossa vida, por isso eu apoio projetos que conservam a natureza.
Aqui perto de casa tem um projeto da quadra 500 do sudoeste, onde eles vão revitalizar dois parques.
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