A bela medalha da 10ª Volta do Lago |
O que leva tanta gente a acordar de madrugada no domingo para correr? E o que leva esta turma a se superar pessoalmente, correndo muito mais que qualquer outro dia?
A Volta do Lago Caixa, uma ultramaratona de revezamento que acontece há 10 anos em Brasília, tornando-se uma das mais tradicionais provas de revezamento da cidade e do país tem este fascínio de atrair as pessoas para correr tão cedo e de reunir as pessoas em grupos, para montar estratégias de corrida e se superar, dedicando cada esforço a mais para o bem da equipe.
Este ano foram 3 mil corajosos aventureiros que enfrentaram os 100 km da competição, em equipe - de 2, 4, 6 ou 8 integrantes - ou sozinho, enfrentando as dificuldades do percurso durante 7, 8, 9 e até 12h neste último domingo, dia 9 de junho.
E eu estava lá, pela sexta vez consecutiva, encarando o desafio com mais 5 amigos no sexteto Condor Team da Equipe X.
Equipe X esteve presente com 12 equipes na 10ª Volta do Lago |
Volta do Lago - A Volta do Lago Caixa é uma ultramaratona de 100 km que acontece há 10 anos em Brasília. O percurso pode ser corrido sozinho, podendo o atleta optar por correr 100k ou 60k, ou em equipe de 2, 4, 6 ou 8 participantes. Existem ainda duas categorias principais: economiário, com equipes formados por funcionários e dependentes de funcionários da Caixa, patrocinadora do evento, e aberta, onde concorrem as demais equipes.
A largada da prova acontece no Eixão Sul, larga avenida que corta o bairro da Asa Sul, perto do prédio Matriz da Caixa. As equipes podem escolher entre 3 horários para largar - 6h15, 7h15 ou 8h. Para os ultramaratonistas dos 100k a largada é 5h e para os do 60k às 9h.
O percurso é composto por 14 trechos que fazem a volta no Lago Paranoá, começando e terminando no Eixão Sul. As distância variam de 3k a 11k, com subidas, descidas e trilhas e tempo máximo de prova é de 12h.
Quarteto feminino da Equipe X, campeão na categoria economiário |
Além do desafio, outra atração da Volta do Lago é o percurso, que passa por muitos cartões postais de Brasília. Catedral, Museu Nacional, Esplanada dos Ministérios, Congresso Nacional, Praça dos 3 Poderes, Ermida Dom Bosco, Pontão do Lago Sul, Ponte JK são apenas alguns deste pontos, além das belas paisagens proporcionadas pelo Lago Paranoá, com destaque a Barragem, o percurso mais difícil para os atletas.
Este ano houve um recorde de ultramaratonistas inscritos, 40, entre homens e mulheres que resolveram encarar os 100k ou os 60k sozinhos.
O percurso também estava recheado de novidades nos trechos, com aumento de alguns e diminuição de outros, sendo que o já era o mais difícil foi mais “casca grossa” ainda, o da Barragem do Paranoá, que neste ano, além da subida intensa de 2k da própria Barragem, o atleta tinha que encarar cerca de 1,5 k de subida na Ermida Dom Bosco. Ano passado, este trecho ia até o início da Ermida, onde ficava o ponto de troca. O trecho seguinte é que incluía a também difícil subida da Ermida.
Condor Team Equipe X: da esquerda para direita Eduardo, Sérgio, Grace, Rafael, Thaís e Caique |
Condor Team - O sexteto Condor Team, uma das 12 equipes da Equipe X, era composto por duas mulheres - Grace e Thaís - e 4 homens - Eduardo, Rafael, Sérgio e eu (Caique). Todos têm grande experiência na Volta do Lago e em provas longas. Entre competições dos integrantes constam a Maratona do RJ, a Maratona Mountain Do Deserto do Atacama, Ultramaratona de Revezamento da Volta da Ilha de Florianópolis e diversas meias maratonas.
Grace foi quem largou pelo Condor Team, fazendo uma das provas mais rápidas de sua história como corredora, terminando os quase 10k com um ritmo médio de 5min/km. Thaís, além da excelente organização, foi guerreira em cada um dos seus dois trechos, ambos de bastante dificuldade. Sérgio fez a maior distância entre todos, 21k, mostrando seu excelente condicionamento e rasgando nas passadas. Eduardo venceu em apenas 55 min o difícil trecho das subidas da Barragem e da Ermida, o maior e mais difícil da prova com quase 11k. Rafael superou as dores na panturrilha para fechar a prova para o Condor Team com 4min50/km de pace médio no final, correndo no calor da tarde no desolador Eixão Sul. E eu corri 3 trechos, assim como o Sérgio, buscando acompanhar e manter o ritmo forte de toda a equipe nos variados terrenos enfrentados, de trilha e asfalto.
Corremos! E corremos muito bem meus amigos! Com "sangue nos olhos", como a gente brincava desde antes da Volta do Lago. Nem em nossas expectativas mais otimistas esperávamos um resultado tão bom, tirando mais e mais minutos a cada trecho, o que resultou no encerramento da prova mais de meia hora antes do previsto. Foram 8h09 de Volta do Lago, quando o previsto era 8h41.
Condor Team. "Sangue nos olhos!" |
Acabamos sendo a 4ª Equipe X a cruzar a linha de chegada, atrás dos feras como a Equipe Prime, octeto do nosso professor Nirley, a Fox, supercampeã da Volta do Lago na categoria economiário que este ano correu em sexteto, e de um outro sexteto de Goiânia com corredores "sinistros" da Caixa.
E mais uma vez a Volta do Lago mostrou a sua magia, unindo grupos de pessoas em uma competição saudável, correndo pelas belas paisagens de Brasília e curtindo cada quilômetro superado com alegria, garra e superação.
E que venham outras Voltas do Lago!
Boas passadas.
4 comentários:
Parabéns, amigo. Um grandioso evento, sem sombra de dúvida ! Tenho uma amiga, a Viviane Michalski, que ficou em primeiro (nos trios). Meu carinho e boa semana.
Equipe muito legal. Superamos todas as expectativas. Foi show!!!!!!
Parabéns a toda a equipe Caique. Vocês mandaram muito bem. Eu tinha vários amigos participando da prova e fiquei só na inveja branca.
Esse ano mais uma vez não pude participar, estava viajando de férias e aproveitei para participar da meia de Floripa, mas ano que vem quero muito fazer a estreia na Volta do Lago.
Abraços,
Danilo Confessor
Blog Confissões de um Confessor
Galera corredora?!
Realmente, a Volta do lago reserva experiências novas a cada edição. Eu sempre penso em não participar, mas há 6 anos não consigo ficar de fora. Acho que a grande magia da prova está e correr em equipe, o que é um incentivo e tanto. E mais uma vez pude correr em uma equipe fora de série, onde a parceria, a amizade e o apoio foram constantes. Muito bom mesmo.
Vamos ver ano que vem, que pretendo sim fazer minha sétima Volta do Lago, mas, de repente, numa formação menor. tudo dependerá de como estarei.
Boas passadas, galera!!!!
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