E aí, Corredor?!
Qual é o seu pace de vida correndo????
Sim!!! Não estou falando de pace de corrida x, y ou z. Estou falando do pace que te dá prazer correndo, o ideal para aquela fase de vida em que, depois de passar por tantas provas e treinos, de dá prazer, necessidade, satisfação. Aquele viciante, liberador máximo de endorfina.
Em oitos anos de corrida, indo já para o nono, já passei por muitos momentos no esporte, e por muito paces ideais. Tive a fase do pace da novidade, da curiosidade, da prevenção, do desbravar e conhecer a corrida, encontrar a minha mecânica, a vontade de correr no início da minha história de corredor amador.
Era o momento da solidão, onde treinava sozinho, sem conhecer meu potencial e sem saber que existia uma forma correta de correr. Na verdade, nem sabia que necessita de um ritmo e nem pensava em pace. A vontade era de correr, de liberar o estresse, deixar para trás preocupações e desbravar um novo esporte.
Passada essa fase, entrei para uma equipe, a Equipe X, e fiz amigos, descobrindo um novo mundo nas corridas e me descobrindo no esporte. Com o tempo, passei a entender da necessidade do pace, mas ainda não conseguia achar um ideal. Na minha primeira etapa na equipe, queria quebrar limites, principalmente de tempo.
Quanto mais rápido nos 5 km melhor. Quanto melhor o tempo nos 10 km mais satisfatório. O prazer era quebrar a barreira do tempo, mas sentia que ainda não era o meu ideal no esporte. Só que, o que vislumbrava como meta e animação era correr mais e mais rápido.
Quando o tempo estabilizou e quebrar tempo ficou difícil veio a necessidade de conhecer novas distâncias. Parti para as 10 milhas, a Meia Maratona e cheguei à temida Maratona. Na primeira, depois de terminar, pensei que nunca mais iria querer fazer outra. Mas na segunda descobri a corrida como fonte de prazer. Corri solto, me sentindo um super homem, leve e forte. Sem parar nem sentir nada. Foi A PROVA da minha vida - a Maratona do Rio de 2012. Meu show pessoal e particular.
Não queria mais ficar preso a provas oficiais e saí desbravando distâncias pessoais, conhecendo novos cantos da minha cidade e
de outras por onde passava. Foram as Corridas Sem Compromisso e de Aventura, onde o que importava era correr e conhecer novos percursos. Estabelecia uma meta: ir de casa para outro ponto e ia, dando minhas passadas, sem compromisso, sem preocupação.
Mas aí a coisa desandou . . . logo no meu melhor momento, o corpo cobrou o esforço excessivo e veio a primeira lesão. Sem ter parado para repouso, "estourou" primeiro um esporão calcâneo. Um ano depois veio uma pequena trombose resultante de muito esforço associada a uma longa viagem de avião na qual fiquei sentado por 9h consecutivas.
Para voltar a correr, tive que me reencontrar. Mudar a passada, a biomecânica que já estava acostumado, reaprender a correr. Voltar, depois de várias Meias Maratonas e algumas Maratonas, a sentir prazer em provas de 5k e 10k.
Chegada da Maratona do Rio de 2012, Onde achei meu pace de vida |
Depois de tantas experiências, acho que encontrei meu pace ideal, meu pace de vida, aquele que me faz sentir prazer ao correr. Em termos de tempo, fica por volta dos 5:30/5:40 km/min. Nelve, viajo nas ideias, me concentro nas passadas, corro sem pressão. Nele sinto a endorfina fazer efeito ao final. É com este ritmo, leve demais para muitos, que vou levando e retornando às minhas passadas e às minhas "aventureiras" corridas.
E você, já encontrou o seu pace de vida?
Descubra o seu e tenha boas passadas para o resto da vida!!!!
P.S.: Valeu Aline pela inspiração.
2 comentários:
Mais um ótimo texto Caíque!!!!
Valeu Sérgio! Pela leitura e pelo elogio.
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