terça-feira, 8 de dezembro de 2009

VOLTA DA PAMPULHA 2009 - A CORRIDA


E aí, corredor?!

Cerca de 12.500 corredores participaram neste domingo, dia 6 de dezembro, da XI Volta Internacional da Pampulha, e entre eles lá estava eu, acompanhado este ano de 50 amigos da Equipe X - entre eles Deborah, minha esposa, que está a cada dia mais envolvida com este mundo da corridas - para correr minha segunda edição da corrida.

A corrida foi incrível como no ano passado. Organização impecável, sem acontecimentos que pudessem prejudicar o evento. Apenas que na largada a galera, que deveria sair correndo pelo menos 10 minutos depois da elite masculina, acabou largando junto já que o staff de seguranças que formavam o cinturão humano separando os grupos abriu na hora da largada desta elite e abriu caminho para todo mundo correr. Mas nada disso atrapalhou, tenho certeza, o desempenho dos favoritos da prova, vencida pelo queniano Nicholas Kiprutto Koech (52 min 48) no masculino e por Pasalia Kiproech Chepkorir (1 h), também do Quênia, no feminino.

A prova este ano foi marcada por uma chuva torrencial na largada que foi ficando mais fraca até praticamente acabar no final da minha participação na prova. Na concentração para largar a chuva caía forte, fria, e a gente, parado, foi ficando encharcado, mas nada que diminuísse nossa animação para dar nossas passadas. E largamos, às 9 h 10, eu, lá atrás, acompanhado de parte da Equipe X, passando pelo pórtico da largada 6 minutos depois, isso por que simplesmente não dava para chegarmos mais a frente tal era a multidão de corredores aglomerada no local.

Como saí bem atrás, na marca dos corredores que fazem a prova correndo 8 min/km, tive que desviar de muita gente. Só que o pior não foi a galera, mas as várias poças de água espalhadas pelo percurso, muitos das quais enfrentei, ensopando o meu tênis - nesse caso, ponto para a Adidas. Corri como Supernova e ele, mesmo encharcado, não pesou como aconteceu com o Nimbus 10 da Asics na Meia do RJ - mas outras que, pela cor e sujeira, não dava para encarar.

Segui em frente, passando por vários colegas e sendo ultrapassado por outros tantos. Corri pelo passeio em muitas ocasiões até que a pista ficou mais tranquila e pude seguir pelo asfalto sem ter que ficar desviando demais. Consegui chegar nos amigos da Equipe X, Ivan e Maria, que, por termos o mesmo ritmo, combinamos de correr juntos, o que aconteceu até quase o final, quando me desgarrei um pouquinho, acredito que no km 16 da prova.

No finalzinho, assim como ano passado, forcei mais o ritmo para chegar bonito e completei a prova em 1 h 30 com tranquilidade, conversando e sorrindo por ter conseguido vencer os 18 km da prova e com aquela sensação que sempre tenho que poderia ter feito melhor, mas que do jeito que foi foi sensacional.

A única coisa que me incomodou durante a prova foi a meia. Usei uma com costura e essa costura ficou roçando e apertando a ponta do dedão provocando uma dor que me acompanhou desde o km 10. Senti, por querer compensar de alguma forma e tentar dar passadas mais confortáveis, um pequeno desconforto na lombar, mas nada que prejudicasse tanto quanto a dorzinha chata no dedão do pé. Resultado disso, uma pequena bolha na ponta do dedão, mas que não vai afetar, acredito, o resto do meu treinamento este ano.

Em termos de corridas oficiais, com a participação da Volta Internacional da Pampulha considero encerrado meu ano em 2009, um ano cheio de alegrias, pois realizei o sonho de correr a Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro e ainda o desejo de correr e completar a mandala do Circuito das Estações Adidas. Como a prova veio para Brasília este ano, pude correr as 4 etapas de cada estação na cidade onde moro. Mas ano que vem já não sei se terei tanta vontade assim de correr o circuito, pois fazer as provas no mesmo espaço, a Esplanada dos Ministérios, apesar de ter sido bom para uma avaliação da minha evolução, foi cansativo e não muito estimulante..

Além disso, a paixão pelo esporte ficou ainda maior e descobri isso quando comecei minha série de "corridas sem compromisso", que apelidei os domingos que corri sem a pressão de uma prova, como aconteceu nos 19 km do Clube Naval e nas duas corridas com os amigos da Equipe X, além dos longões da Fazenda Taboquinha. Corridas que achei muito mais interessantes que as provas oficiais.

Aprendi, em 2009, que não preciso me inscrever em tudo quanto é prova que aparece para continuar com motivação para dar minhas passadas. Aliás, o mais motivante e poder correr em locais não tão badalados da cidade e de outras cidades. E, melhor ainda se acompanhado por amigos, como os que conheci este ano, que não vou ficar citando nomes para não ser injusto com ninguém. Todos foram importantes neste ano para mim e todos me ensinaram muito em 2009.

A melhor corrida do ano para mim? Não poderia deixar de ser outra: Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro, que espero repetir ano que vem. Pela beleza do circuito, pelo carinho do povo e pela prova em si, bem organizado, com um kit de bom gosto e uma linda medalha. A maior superação minha aconteceu na Meia Maratona Internacional Caixa em Brasília, no mês de abril, em que estava mal condicionado e só terminei a prova correndo o tempo todo por conta do força dada pelo amigo Orion, que terminou o quilômetro final comigo.

O melhor mesmo é que continuo firme no esporte, cada vez mais apaixonado e cheio de planos para o ano que vem.

Boas passadas.

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