quarta-feira, 29 de setembro de 2010

QUANDO A CORRIDA VIRA SUPERAÇÃO

E aí, corredor?!

Correr para a grande maioria de nós atletas é sinônimo de saúde. Dar nossas passadas, que em um certo ponto de nossa vida de atleta chega a ser até difícil por conta do desânimo ou da preguiça mesmo, é algo que se torna até corriqueiro para nós, que temos totais capacidades físicas de praticar o esporte.

Imagine quando ficamos sabendo de casos de corredores que, através do esporte, conseguiram recuperar até a alegria de viver. As revistas especializadas estão recheadas de casos assim. Nas últimas olimpíadas, o sul-africano Oscar Pistorius, que tentou correr com os atletas sem problemas físicos. Pistorius corre com duas protéses especiais, feitas de fibras de carbono, que substituem as duas pernas amputadas.

E nem precisamos ir tão longe. São inúmeras as corridas em Brasília e no Brasil afora em que nos deparamos com aqueles corredores com necessidades especiais, sejam cadeirantes ou com dificuldades motoras. E estes guerreiros fazem tudo o que nós fazemos, ou seja, correm a mesma distância apenas com a força dos braços, no caso dos cadeirantes, ou superando suas dificuldades físicas.

Minha primeira corrida oficial, que marcou para mim minha estréia como corredor, a prova de Duque de Caxias, já teve este sabor especial, quando vi atletas que aparentemente não teriam nenhuma condição de praticar qualquer atividade esportiva ou mesmo fazer qualquer coisa na vida correndo com a mesma felicidade que a gente. Na verdade, com até mais felicidade, tenho certeza.

Nesta corrida, um atleta em especial me chamou a atenção. Um jovem com dificuldades motoras que tornavam suas passadas difíceis. Ele não conseguia movimentar direito nem as pernas, nem os braços. E mesmo assim ele superou com bravura os 10k da prova.

E não é que me deparei com este mesmo atleta este ano, na Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro, em agosto passado. Ele completou os 21 km da prova na frente de muita gente. E emocionou a platéia que aplaudia com entusiasmo o seu feito.

Pois bem. São em atletas assim que eu me espelho para manter a vontade de correr. Não importa a adversidade que enfrentam, eles estão lá, superando seus limites. E com certeza as dificuldades para eles são bem maiores de se manterem motivados para praticar o esporte. E foi também por isso que me apaixonei pela corrida, por ser um esporte que dá espaço para todos os que desejarem superar suas metas com consciência e determinação.

Vamos correr, galera. Não importa o nosso problema, seja ele físico, financeiro, de tempo é necessário praticar um esporte e se for a corrida a escolhida tanto melhor já que a sua prática não exige tanto.

Boas passadas.

domingo, 26 de setembro de 2010

CORRIDA SEM COMPROMISSO - CORRENDO COM A ALINE

E aí, corredor?!

Ontem, dia 25/09/2010, foi dia de correr do Parque de Águas Claras, local onde pratiquei minhas passadas por mais de 3 anos e que, com a minha mudança de endereço, ficou mais distante para mim. E isso aconteceu graças ao convite da minha amiga da Equipe X, a Aline.

Aline é uma das novas aquisições da Equipe. Entrou este ano e mostrou grande vontade de superar desafios. Já correu um Volta do Lago, entre outras provas. Mas este ano ela vai tentar vencer o desafio dos 18 km da Volta da Pampulha, e para isso pediu minha ajuda e me convidou para correr com ela, e ao mesmo tempo orientá-la, nos quase 4,4 km do Parque de Águas Claras.

Como já estou há 4 anos neste mundo das corridas e há mais de 2 aprendendo com a Equipe X por que não conciliar o útil ao agradável, já que este final de semana não me inscrevi em nenhuma corrida oficial e seria ótimo voltar a correr no difícil percurso do parque, ainda mais ao lado de uma companhia tão agradável como Aline. E por que não ajudar, já que tantas pessoas já me deram esta força na Equipe X?

O Parque de Águas Claras caracteriza-se por ter uma grande área arborizada e uma boa parte de pistas asfaltada que ajuda na nossa prática, além da gente poder inventar uma boa variedade de percursos. O circuito é composto de excelentes subidas e também boas descidas, com poucos terrenos planos, o que ajuda no bom condicionamento.

Corremos um percurso tradicional, dando duas voltas, o que totalizou quase 9k de corrida. Saímos do marco zero, que fica próximo às quadras de esportes e bebedouros e seguimos sentido entrada principal do parque, fazendo a volta na pista interna existente. Começamos com pequenas subidas para logo depois cairmos numa grande e elevada subida, que termina com a volta para o marco zero em uma boa descida e um circuito mais tranquilo. 

A secura do ambiente, Brasília está batendo recordes e mais recordes de baixa umidade relativa do ar, o que não ajuda em nada a gente que corre, fez com que a gente corresse com um certo desconforto. Mas conseguimos dar as duas voltas em 57 minutos, correndo o mais tranquilamente possível.

Aline inclusive acabou me surpreendendo e pude ver que ela corre bem. Não precisei diminuir muito o meu ritmo para acompanhá-la e pude fazer um bom treinamento também. Fizemos excelente médias, com pacer máximo de  4,27min, e médio de pouco menos de 6min o km. Um bom ritmo, considerando que existem as intermináveis e já comentadas subidas.

No final fizemos um bom treino que com certeza contribuiu muito para nosso desenvolvimento, sendo um bom teste para a Volta da Pampulha. 

Boas passadas.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

MUXQUITOS "VOAM" NA ECO30

E aí, corredor?!

Domingo passado, dia 19 de setembro, os MuXquitos "voaram" mais uma vez pelas ruas de Brasília em mais uma corrida de revezamento. Foi a terceira prova do currículo do grupo, sendo que a primeira foi a Maratona Pão de Açúcar de Revezamento em agosto, depois a Meia Maratona de Revezamento Viva Bem Caixa Seguros, no início de setembro, e agora a ECO30.

A história dos MuXquitos todos já conhecem: um grupo de amigos da Equipe X que resolveram dar um nome diferente para quando eles se reunissem em provas de revezamento e Corridas sem Compromisso. 

Na ECO30, a Equipe X - os MuXquitos foram representados pelo Cássio, Ranieri e este que vos escreve, Caique, que correram cada qual 10 km intercalados para completar os 30k de distância da prova, tendo começado o circuito o Cássio, seguido do Caique e Ranieri, cada qual fazendo duas voltas de 5k no percurso definido para a prova.

A Equipe X ainda foi representada por 3 outras equipes, sendo outro trio e mais dois sextetos.

A ECO30 foi uma prova de revezamento diferente. Primeiro, pela distância definida de 30 km, que não é utilizada para provas de revezamento. Depois, pelo fato de que as equipes, mesmo composta de 2, 3, 4 ou 6 participantes, tinha que obrigatoriamente fazer o revezamento dos atletas a cada volta. Ou seja, um atleta não pode fazer os 10k de uma vez, mas sim completar apenas uma volta de 5k a cada vez, dependendo do número de integrantes da equipe.

A prova foi realizada na Esplanada dos Ministérios, palco de tantas outras provas de rua de Brasília. A largada foi na altura da Catedral, com os atletas descendo sentido Congresso Nacional. Corremos até a pista de retorno em frente ao Congresso, para no final subirmos no sentido da Catedral. Antes de chegarmos a ela fazíamos mais um retorno até pegarmos novamente a pista do Eixo Monumental até a Catedral. Nela começamos o caminho de volta, descendo até o Congresso, inclusive na rampa. Logo no final dela, voltamos  subindo a rampa, passando pelo retorno em frente ao Congresso Nacional e indo em direção ao ponto de largada onde estavam também os postos de transição, local onde os atletas faziam as trocas.

Um clima seco e quente, acompanhado de muito vento tornou o desafio mais emocionante e cansativo. O vento vinha o tempo todo contrário, dificultando nossas passadas. Os postos de água eram suficientes, com tudo bem servido, mas estavam mal distribuídos, acumulando-se nos 2k depois nos 2,5k e finalmente o último já por volta dos 3,5, 4k.

Na primeira volta, saí errôneamente em disparada, embalado pela descida. Assim cansei rapidamente mas consegui refazer minhas passadas e fazer um ritmo mais confortável. As curvas atrapalhavam a retomada da velocidade, principalmente as do retorno. Montei minha estratégia sem saber do percurso e fui surpreendido com a pequena descida da rampa do Congresso seguida logo depois da subida. E na subida final, um forte vento contrário e poeirento atrapalhou um pouco, mas segui forte e consegui fazer os 5k e 22,40min, recorde pessoal dos 5k.

A segunda volta, já conhecendo o percurso e num horário mais seco e quente, resolvi fazer mais leve e fui tranquilo, em velocidade "de cruzeiro" o tempo todo, terminando a volta em 23,33min os 5k. Nosso trio terminou a prova em 2h49min.

A organização vacilou em algumas questões da prova. Acredito que a distribuição dos postos de água falhou um pouquinho, faltando um posto na subida final, quando os atletas estão mais cansados, principalmente os que correram mais tarde e os que fizeram mais de uma volta. Mas de resto, bela camiseta e fácil retirada de medalhas. 

Foi uma prova que, apesar das dificuldades, tornou-se justamente por isso extremamente prazerosa. Nossa equipe correu bem, tranquila, cada um fazendo a sua volta do seu jeito. Cássio começou e Ranieri terminou a prova, correndo no horário mais inóspito. Mas todos fizeram brilhantemente seu circuito.

Mais uma brilhante participação dos MuXquitos, corredores amigos da Equipe X.

Boas passadas.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

CORRER MESMO SEM UM OBJETIVO DEFINIDO

E aí, corredor?!

Todo o início de ano a gente estabelece uma corrida como objetivo para o treinamento. Ela pode estar logo no primeiro mês do ano, ou pode ser aquela prova especial por conta da distância, do local, da dificuldade. O que importa é que torna-se a prova que escolhemos para estabelecer nosso planejamento de treinos e, enquanto ela não chega, nos empenhamos no nosso condicionamento para estarmos preparados para o desafio.

E depois que encaramos e vencemos o desafio, nosso objetivo conquistado, como manter a motivação nos treinamentos e em outras provas?

Ano passado passei por isso claramente. Tinha estabelecido como meta correr a Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro, prova que aconteceu em setembro e que me motivou a fazer tantas outras com o objetivo de chegar nela preparado para superá-la sem sustos. Depois de realizada a façanha, ficou uma desmotivação para treinar e, se bobeio, quase desisto de correr.

Aí acordei e vi que não podia parar apenas nesta prova. O segundo semestre estava cheio de provas interessantes para superar e não era apenas por ter enfrentado a minha "prova do ano" que deveria esmorecer nos meus treinamentos. 

Neste dia, parei de colocar como meta uma corrida para me manter motivado a treinar. Na verdade, acredito que temos que sempre colocar objetivos, até que o "bichinho da corrida" nos morda definitivamente e não é necessário que estabeleçamos metas para ter vontade de treinar e correr.

Assim, minha meta parou de ser fazer uma prova apenas superando o desafio. Queria correr, bem, aproveitando tudo do momento. Meu objetivo agora é apenas dar minhas passadas, e tentar fazer isso da maneira mais prazerosa possível. 

Depois que estabeleci isso como meta, não exista mais para mim uma "prova do ano". A gente estipula uma prova, é claro. Mas a cada desafio superado, outro é colocado. Estabeleci como meta correr pelo menos uma maratona e fiz isso em julho, novamente na linda cidade do Rio de Janeiro. Antes de chegar à essa prova, corri várias outras em Brasília. E no dia 18 de julho lá estava eu superando, não sem sacrifício, os mais de 42 km da prova.

Depois dela não parei de pensar em correr. Quero fazer uma prova em que não tenha nenhum momento de sacrifício, de pressão psicológica. E isso ainda não consegui. Corri novamente a Meia Maratona Internacional do RJ em agosto, mais uma etapa do Circuito das Estações Adidas, Capital Running Night e só venho acumulando corridas assim, mas nenhuma ainda foi perfeita, do jeito que eu quero correr.

Ou seja, se o desafio foi superado e não existe mais empolgação para continuar treinando, então estabeleça outras metas, de preferência as mais impossíveis de alcançar, mas que sejam atingíveis, para que você não perca a garra de correr, se é esse o combustível que te faz manter a "pegada". 

Mesmo que os treinos pareçam enfadonhos, não perca a motivação de fazê-los, supere sua desmotivação e crie em você novamente a vontade de correr. Não deixe que tudo o que você conseguiu conquistar para superar um desafio se perca, por que outras metas virão e tudo o que você fez será importante para superá-las.

Boas passadas.  

P.S.: Post dedicado aos amigos Ranieri e Jane, que estão um pouco desmotivados para correr, e para todos os amigos que dão uma paradinha por não terem mais aquela vontade do início.

O PÓS-CORRIDA

E aí, corredor?!

Depois de uma prova, seja ela qual for, uma das maiores preocupações de todos nós corredores é a recuperação. Quando a gente acaba a prova, o cansaço e as dores musculares insistem em aparecer, principalmente para aqueles que dão tudo de si na prova.

É claro que o condicionamento físico ajuda numa recuperação mais rápida. Mas quando falamos de provas longas, como uma meia-maratona ou mais, nem sempre estar bem condicionado é sinônimo de recuperação mais tranquila. Na Meia Internacional do Rio este ano, já na chegada, encontrei uma amiga corredora e conversamos bastante. Margareth já correu nem sei quantas Comrades, famosa prova da África do Sul pela sua dificuldade. São 89 km de um percurso bem complicado. E ela já enfrentou e fez tempos maravilhosos mais de uma vez.

Ao perguntar sobre a prova deste ano, ela, curiosamente para mim, destacou a recuperação dela, que foi uma das mais tranquilas, sinal de que ela havia treinado corretamente. E depois de falar com ela eu fiquei pensando naquilo.

Como eu corro mais por prazer que por competição, não tive até hoje este problema na recuperação. A busca gradativa pelo aumento da distância acho que têm me ajudado a seguir tranquilo meu caminho nas corridas. Mesmo na difícil Maratona carioca que enfrentei em julho deste ano e onde tive uma dor insuportável na panturrilha que quase me tira da prova, depois da chegada, em que estava cheio de dores, tomei um banho morno no hotel e já estava legal. A panturrilha, é claro, mereceu um trato mais apurado, mas nada muito complicado. E por conta e risco meu resolvi dar uma semana de descanso das pistas e só fazer academia. Mas é claro que 42,195 km não são 89 km. Nada de comparativos em relação à terrível prova enfrentada pela Margareth. Com certeza é bem diferente.

A revista O2, edição de agosto/2010, tem um editorial, de Anna Jigia Machado, que fala um pouco do pós-corrida e dá algumas dicas para a recuperação mais rápida depois das passadas. O primeiro deles é o repouso, tão mencionado pelos especialistas do esporte.

A massagem também é um destaque. Elas relaxam e favorecem a vasodilatação dos músculos, o que permite a retirada das substâncias metabolizadas pelo organismo depois da prova e a entrada de novos nutrientes.

Existe também a acunpuntura. A técnica oriental ajuda na recuperação energética e muscular do organismo, além de promover o equilíbrio físico e emocional, a prevenção e recuperação de lesões e de dores musculares e a melhora da flexibilidade. 

O banho de água fria (e não de água morna como acabei fazendo depois da maratona mas que de qualquer forma me ajudou e relaxou muito) também é uma alternativa. Caso opte pelo crioterapia, técnica em que o atleta fica alguns minutos com os membros inferiores totalmente envolvidos pelo gelo, o que provoca um estreitamento dos vasos sanguíneos (vasoconstrição) o que diminui o processo inflamatório causado pela atividade física. Mas deve-se fazê-la com orientação profissional pois se usado de forma inadequado pode causar queimaduras, lesões nervosas e nos órgãos genitais.

Devem existir muitas outras formas para se ter uma recuperação pós-prova tranquila. Acredito, pela minha pouca experiência, que, conforme já afirmei, o principal é um condicionamento adequado para cada tipo de desafio. Se for correr 5k existe um tipo de necessidade de treinamento, para os 10k outro e assim por diante, até chegarmos nas distâncias mais longas, como a maratona e ultramoratona, onde o preparo é bem mais específico e intenso. Mas com orientação de um profissional, tudo é possível.

Outra dica é tentar evoluir de maneira gradativa nestas distâncias, sem "pular" etapas. Lembro bem das dicas de especialistas que li nas revistas especializadas, bem como das conversas com o meu amigo e treinador Nirley sobre esta paciência na hora de optar por uma distância. Cada organismo é único e o atleta, com orientação, vai saber o momento exato de enfrentar um desafio maior. Mas não queira dormir e acordar um maratonista por que não dá.

No mais é correr e se divertir em cada prova, por que o que vale é sentir cada momento especial que uma corrida proporciona. Digo por experiência, nenhuma corrida é igual à outra. E procurar fazer o que seu corpo aguenta, ou um pouquinho mais, mas que não seja tão demais (rss).

Boas passadas.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

MAIS ANOS DE SOBRETAXA

E aí, corredor?!

Lembram da sobretaxa aprovada pela Camex - Câmara de Comércio Exterior e que passou a vigorar em setembro do ano passado para os calçados fabricados na China? Pois o que nós temíamos aconteceu. O Governo prorrogou por 5 anos a aplicação desta sobretaxa.

A alíquota, que antes era de US$ 12.47 ainda aumentou e passou a ser de US$ 13.85 e agora será cobrada também para os produtos originários da Malásia e do Vietnã, além da China ou sobre qualquer calçado produzido no Brasil com mais de 60% dos componentes oriundos dos três países asiáticos.

Tudo bem que os fabricantes nacionais queriam que a alíquota fosse ainda maior para estes 5 anos, de US$ 18.44, mas com certeza nós corredores seremos prejudicados, e não apenas em US$ 13.85 mas provavelmente bem mais, por conta do efeito "cascata" nos impostos.

Agora danou-se.

Boas passadas.

Posts relacionados: Sobretaxa Agora é Lei (SET/2009); Mais Sobre a Sobretaxa dos Tênis (AGO/2009); Corredores Ameaçados (JUN/2009)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

CIRCUITO DAS ESTAÇÕES ADIDAS 2010 - ETAPA DA PRIMAVERA

E aí, corredor?!

Mais uma etapa de 2010 do Circuito das Estações Adidas aconteceu em Brasília ontem. Foi a da Primavera, terceira da série de 4 provas que compõem este charmoso evento que teve sua estréia na cidade ano passado e esta em sua 2ª edição este ano aqui. Em São Paulo e Rio de Janeiro, o circuito já tem mais tempo de existência.

Todas as etapas do circuito, como todos sabem, acontecem sempre no mesmo percurso, uma vez que um dos propósitos dos organizadores é que os participantes possam, no decorrer das participações, ter a exata constatação de como anda a sua evolução no esporte.

A prova em Brasília acontece na Esplanada dos Ministérios, local onde está boa parte dos pontos turísticos mais visitados: Congresso Nacional, Catedral, Museu, Palácio do Planalto, Palácio da Justiça, Palácio do Itamarati, Panteão, Praça dos 3 Poderes. Isso torna a prova, principalmente para os visitantes, um "passeio" mais do que interessante.

Bem, vamos à minha prova. Não fiz o meu melhor tempo nos 10k (45min27 no Capital Run Night este ano) nem tão pouco o meu melhor tempo no Circuito (47min na Etapa da Primavera em 2009). Mas foi uma prova bem interessante por que foi a primeira que consegui manter um ritmo igual durante todo o trajeto, e sem me cansar tanto, tipo "velocidade de cruzeiro". Cheguei inteiro no final. Mas terminei com 49min a distância.

A prova é marcada por um início tranquilo, com uma descida forte e grande de 5k para depois voltarmos e fazer, assim, 5k de subida. Ou seja, a principal regra é aproveitar bem a descida mas não se esquecer de guardar energia para o segundo trecho da prova, que é onde "os homens se separam dos meninos".

A grande descida fiz com os amigos da Equipe X JB e Zé. Depois, na subida mantive o ritmo e segui sozinho. O tempo extremamente seco e o sol bem forte para as 9h da manhã não ajudaram muito. Além do que, voltava de umas férias no litoral e assim senti um pouco a altitude de Brasília (em certos pontos a cidade fica a mais de 1000 metros acima do nível do mar).

Mas cheguei bem, sobrando fôlego e energia. JB e Zé chegaram logo depois, com 50 minutos de prova.

Outra agravante foi que não tive uma noite de sono no dia anterior. Na verdade, praticamente "virei" o dia acordado, o que não ajuda muito por que a gente acaba chegando já cansado. Portanto, galera, não faça isso em casa. Se quiser correr bem, tenho uma boa noite de sono (rss).

Mas a prova foi ótima. Eu, que tinha abandonado neste circuito da Esplanada tão utilizado ultimamente em Brasília a distância de 10k optando por correr sempre 5k adorei este retorno à distância maior. 

E para variar, o Circuito se destaca pela quantidade de gente bonita correndo e participando do evento e pelo bom gosto do kit dos atletas, sem contar a excelente organização. Além disso, todos acabam fazendo todas as provas do circuito para poderem completar a mandala, formada pela junção das 4 medalhas recebidas em cada prova.

Agora preparar para o próximo desafio que já tem data, domingo que vem, e nome, ECO30 com os amigos muXquitos Cássio e Ranieri.

Boas passadas.

sábado, 11 de setembro de 2010

AMANHÃ É DIA DE CIRCUITO DAS ESTAÇÕES

E aí, corredor?!

O Circuito das Estações Adidas traz a Brasília sua terceira etapa, a de primavera, amanhã, na Esplanada dos Ministérios, no já tradicional, e complicado, circuito escolhido pela organizadora do evento.

O circuito, já tão mencionado aqui no E AÍ CORREDOR, tem duas distâncias, 5 e 10 km. O outro detalhe é que não importa a distância mas o corredor irá fazer metade do percurso em descida e a outra metade inteira em subida.

A subida, como vocês sabem, pode variar de altimetria, mas em nenhum momento é leve, tranquila. E é isso que torna o circuito desafiador, além do fato de que, como todas as provas das 4 etapas do Circuito acontecem no mesmo local e tem o mesmo percurso, a gente tem que lutar contra o desânimo que aparece por já estarmos "carecas"de saber e de correr ali. Mas a festa é sempre legal, cheia de gente bonita e de muita alegria. 

Ano passado fiz as 4 provas do Circuito - outono, inverno, primavera e verão - e consegui completar a mandala, objetivo maior. Este ano já deixei de fazer uma etapa, a de inverno, mas fiz a de outono. O diferencial de amanhã para mim é que, depois de muitas provas de 5k, resolvi correr novamente os 10k, mesmo com o tempo bem complicado que sei que vou ter que encarar.

Pois é. Além do circuito tão conhecido, esta é a pior época do clima de Brasília, quando a seca atinge níveis alarmantes. Estamos, se não me engano, desde maio sem chuvas na capital e o clima extremamente seco sugere que nos hidratemos constantemente, não importando a distância que vamos percorrer. O clima será, com certeza, o principal dificultador.

Mas o que importa é correr, se divertindo, meu propósito maior, como também todos sabem. Mesmo tendo voltado de férias esta semana e não ter treinado muito no período de descanso - fiz a Meia do RJ e 3 Corridas Sem Compromisso - e estar com o corpo não tão bem condicionado, espero conseguir encarar com tranquilidade esta nova prova.

Depois conto como foi, é claro.

Boas passadas.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

CIRCUITO PRAIA DE COTOVELO - PARNAMIRIM/RN

E aí, corredor?!

Mais um circuito catalogado, um excelente local para correr no Rio Grande de Norte.

Trata-se da Praia de Cotovelo, que fica no município de Parnamirim, localizado a 14 km de Natal. A sua marca registrada é a tranqüilidade, com um mar de águas mornas e calmas, além da beleza de suas falésias.

Nela está a Ponta do Flamengo, considerada como o terceiro ponto mais próximo da África, distando 5.300km. A praia é realmente linda. O conjunto natural de falésias, pedras, praia e mar torna a sua paisagem realmente paradisíaca.

Começando a correr do local onde estão as barracas, temos basicamente terra bem dura e terreno nivelado. Indo em direção a praia da Barreira do Inferno o terreno muda um pouco, ficando com a terra mais fofa e o terreno mais inclinado, o que dificulta um pouco a corrida.

Mas a linda paisagem compensa tudo. É realmente um prazer correr ali e, confesso, a beleza da paisagem me emocionou. Só estando lá para poder sentir isso.

Infelizmente, não levei o relógio nem o GPS, mas acredito que a extensão total percorrida, ida e volta, foi de cerca de 7k. A água nesta época é morna, com uma temperatura mais para fria, enfim, ideal para cair.

Quando vier ao Rio Grande do Norte, coloque esta praia no seu roteiro por que vale muito à pena mesmo.

Boas passadas.