domingo, 27 de fevereiro de 2011

CORRIDA DA PONTE RIO-NITERÓI

E aí corredor?!

Este ano uma das corridas que mais esté mexendo com o meu imaginário de atleta amador e a Meia Maratona da Ponte Rio-Neterói. O primeiro comentário feito para mim desta sonhada prova foi do meu amigo corredor Cássio (fala, garotinho!) ainda em 2010. E quando ele falou, eu realmente fiquei bem animado.

A primeira Meia Maratona da Ponte Rio-Niterói foi realizada em 1981 e a última prova aconteceu na década de 90. Depois esqueceram do percurso. E agora ela volta com pompa. As inscrições já estão no seu 2º lote ao preço de R$ 160,00. Para se inscrever é necessário que o atleta comprove que fez uma meia maratona em, no máximo, 2h45 ou uma maratona em 5h30. Nada de tõa impossível assim, mas que já limita um pouco. A prova será realizada no dia 17 de abril.

O percurso tem início em Niterói, no caminhi Niemeyer, próximo às barcas e ao terminal de ônibus e vai até ao Aterro dos Flamengos próximo ao Monumento dos Pracinhas. Só de ponte temos 13 km para quem vai correr. O percurso total, já medido oficialmente, terá uma distância um pouco maior do que uma meia maratona oficial. Ao invés de 21.097 metros serão 21.400. É claro que este "um pouco maior" depende de corredor para corredor.

Ela promete ser a corrida do ano no Rio de Janeiro. A paisagem maravilhosa, a novidade, já que desde da década de 90 a prova não é disputada, ou seja, a grande maioria de nós corredores não curtiu o percurso por que a corrida de rua "bombou" mesmo neste novo século, anos 2000.

Infelizmente não vou poder este ano brincar nesta prova. Estarei correndo pela primeira vez, no final do mês de abril, a Volta da Ilha com a Equipe X. Mas ano que vem pretendo colocá-la no meu currículo de corredor.

Boas passadas.

Fonte: Site oficial da Meia Maratona das Pontes (http://www.corridadaponte.com.br/)
Site da Revista Runner's World, Blog Correria (http://runnersworld.abril.com.br/).

sábado, 26 de fevereiro de 2011

SE VOCÊ QUISER, VOCÊ PODE !

E aí, corredor?!

Hoje eu vim preparado para falar, de  repente, da corrida de amanhã que vai rolar aqui em Brasília, a 1ª edição da Meia Maratona das Pontes, que promete ser uma das corridas com visual mais atraente da cidade por que, além da largada ser um local altamente aprazível, o Pontão do Lago Sul, a prova vai margear o Lago Paranoá, o refúgio de água de quem mora aqui.

Poderia também falar da volta que fiz hoje no Parque da Cidade, percorrendo, depois de muito tempo, os 10 km do percurso interno, e de uma maneira inusitada, fazendo o "8" na ponte baixa, do laguinho. Foi bem legal, mas difícil. Acho que estou atravessando uma barreira na minha carreira de atleta, por que realmente o meu psicológico está sempre me "detonando". Apenas nos 5 km mais ou menos consegui estabelecer aquela velocidade de "cruzeiro", como eu chamo quando nada cansa, a gente ganha mais gás e vai em frente com mais tranquilidade até por inércia mesmo. Só que foi longe demais.

Só que, ao abrir meu e-mail, vi uma mensagem do meu ex-chefe e amigo Alex Minatel, que sempre brinda a gente com belas mensagens e vídeos. E hoje não foi diferente. Um vídeo extremamente incrível, com cenas de esportistas, ou amadores, fazendo coisas incríveis. Vale a pena assistir, mesmo sendo longo. Tem cada cena. Para nós corredores, tem um sujeito que consegue correr sob a água. Mas, mesmo não sendo o nosso esporte, as cenas empolgam. Sem contar a música contagiante. Assista!


Boas passadas.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A MODA DAS MEIAS DE COMPRESSÃO

E aí, corredor?!


Já não é mais novidade em nenhum lugar o sucesso que estão fazendo as meias de compressão para corredores. MAs será que isso é coisa de moda ou realmente ajuda no desempenho dos atletas? Assim como outros dilemas do mundo das corridas, este também é mais um tema exaustivamente debatido por especilistas e atletas.
 
A moda esportiva vem sempre ganhando mais um adereço. Quando comecei a correr, em 2006 - ainda recente - não existia tantos acessórios para corredores. 

Mas de um tempo para cá, mais intensamente de 2008 em diante quando a prática começou seu processo de popularização, os acessórios de corrida só estão aumentando. Vieram as camisas com tecidos tecnologicamente testados e próprios para corrida, os tênis específicos para cada tipo de pisada, óculos de sol, bonés e camisas com proteção solar, aparelhos de MP3 adequados para corrida, camisetas que ajudam na postura, relógios com GPS imbutido e cheios de tecnlogia.
 
Aí, mais recentemente, vieram as pulseiras que prometiam dar equilíbrio na hora da prática esportiva, que prometem ajudar mais ainda na performance do atleta. Esta ainda são uma incógnita e seu funcionamento ainda é, segundo a maioria dos especialistas, extritamente psicológico. Mas são muitos os relatos positivos sobre os seus resultados.
 
E de uns tempos para cá começamos a ver corredores com meiões, que no início pareciam com os utilizados pelos jogadores de futebol mas hoje tem todo um desenho e material específico para corredores. O propósito delas é ajudar a evitar dores na panturrilha por que ela diminui substancialmente o impacto das passadas, fazendo com que estes músculos não tenham movimentos muito bruscos na hora da batida do pé no solo. Assim como as bermudas de compressão, prometem ajudar na circulação do sangue pelo corpo e evitar excessos na produção de ácido lático.
 
Segundo alguns relatos, as meias ajudam tanto na hora da corrida como após, na recuperação. E isso foi confirmado por diversos atletas, mas muitos deles não sabem dizer se isso se deve às meias ou a um efeito psicológico.
 
As meias de compressão, na sua maioria, são produzidas a partir de poliamida de elastano. Uma das principais empresas, a multinacional suíça Sigvaris produz meias cujas classes variam de acordo com as faixas de compressão. Na classe I a variação vai de 15 a 20 mmHg (milímetros de coluna de mercúrio), chegando na última classe a valores entre 40 e 50 mmHg, isto somente no modelo com tornozeleira. Para efeito comparativo vale lembrar que a pressão arterial sangüínea humana normal é ao redor de 120 x 80 mmHg. 

Confeccionados em série e de forma padronizada, os modelos três quartos podem ser encontrados no mercado nos tamanhos P, M, G e GG, disponíveis nos comprimentos curto, normal e longo. Embora varie de produto para produto, seguidas todas as recomendações de uso e conservação, as meias medicinais tem sua compressão garantida por quatro ou seis meses.

Pesquisa realizada realizada em 2009, submeteu 21 corredores bem treinados (média de 40 anos de idade, 16 anos de treinamento em corrida e média de 40minutos nos 10km) a um teste de esforço realizado em esteira, iniciando com 9 km/h (ritmo de 6min40seg/km). A cada 5 minutos, a velocidade da esteira aumentou 1km/h, indo até a exaustão de cada atleta. Importante: os corredores realizaram o teste duas vezes, a primeira sem as meias compressivas e  a segunda com as meias. O intervalo entre os testes foi de até dez dias, justamente para que o treinamento não influenciasse os resultados obtidos. 

Enquanto no teste sem as meias os corredores suportaram até 35 minutos de esforço, no teste com as meias compressivas o grupo pesquisado suportou 36,44 minutos, ou seja, um minuto e vinte e seis segundos a mais. Foram evidenciadas melhoras também no consumo de oxigênio e limiar aeróbico.

A conclusão dos pesquisadores? O efeito compressivo das meias pode oferecer ganhos entre 2% e 6% na performance em corredores bem treinados, para provas de 10 quilômetros, meia maratona e maratona.

Vale ressaltar o seguinte: antes de adquirir uma meia de compressão, um médico especialista na área vascular deve ser consultado, pois há a possibilidade de efeitos colaterais prejuduciais à saúde, além de ser necessário que o médico prescreva o grau de compressão indicado para o atleta. E outra coisa: elas tem prazo de validade, de 4 a 6 meses e o preço gira em torno de R$ 130,00 podendo chegar a mais de R$ 200,00.

Boas passadas.

Fontes: Site da Revista Contra o Relógio - matéria "Afinal que meia é essa" de Márcio Dederich - Edição 174 de março de 2008. / Site da Revista Veja - matéria "A febre das meias de compressão para corredores" de Renato Dutra - Blog Chegada de Setembro de 2010.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

EQUIPE X OUTDOOR - FAZENDA TABOQUINHA

E aí, corredor?!

Hoje corri, corri, corri. Foram quase 19 km de, particularmente nesta corrida, uma batalha com o meu psicológico. Hoje vi que a minha principal barreira não são dores musculares, ou cansaço respiratório. Nada físico me "barra" em uma corrida. Mas minha grande batalha é com o meu psicológico.

Vamos pontuar para que todos possam entender. Nosso amigo e professor da Equipe X, Nirley, criou mais uma grande corrida, um grande desafio para nós. Um desafio que já enfrentei em outra ocasião, e até mais difícil. Correr da quadra QI 26 do Lago Sul até a Fazenda Taboquinha. Distância medida: quase 19 km. Percurso com uma altimetria constante, mas cheio de subidas, com terreno de asfalto e trilhas de terra, e ainda um pequeno trecho que tínhamos que atravessar em um rio. Normal. Já fiz isso pelo menos umas 4, 5 vezes. Mas hoje foi especial.

Minha idéia inicial, até ontem, véspera do desafio, era correr revezando a cada 3k com Maria. A cada trecho um corria e outro levava o carro. Mas, no caminho para a prova, encontramos Adaura, uma outra amiga, que acabou revezando com Maria e eu pude correr os quase 19k todinhos.

Alegria! Meio que sim, meio que não. Confesso que em certos momentos queria mesmo era revezar e percebi que isso era o meu psicológico fazendo seu trabalho de tentar me "quebrar". E hoje, especialmente, ele estava bem ativo.

A prova começou com uma corrida de 1,5k de subida intensa. Na verdade, a corrida inteira é de subidas e mais subidas. Nem parece se olharmos a altimetria, mas é! Alguns terrenos planos, algumas descidas íngremes, especificamente na estrada de terra onde não podíamos nos descuidar por conta das pedrinhas que nos faziam temer uma escorregada inadivertida, mas substancialmente de subidas.

Um tremendo desafio. Quando já tinha corrido 13k, resolvi parar para tomar dois copos de água parado pelo menos por uns 30 segundos, para poder tomar com calma e refrescar o corpo bem, por que o calor estava grande. Segui depois e encarei a maior subida na terra, com um terreno em brita, com uma pequena subida. E vamos lá, correndo e superando quilômetros.

O visual é fantástico! É! Consegui sair do meu "transe de corredor" e observar a paisagem. Cheio de verde, com um horizonte maravilhoso de se ver. Mas isso foi por um breve instante por que logo estava lá de novo na minha batalha psicológica.

Engraçado é que o meu corpo respondeu bem durante todo o trajeto. Não senti dor, nem cansaço excessivo. Estava fisicamente bem, mas o meu psicológico estava realmente incrível.

Mas cheguei, Percorri 18,7k de uma grande corrida, um excepcional desafio. No final, para recuperar, um banho de rio com água gelada e depois, frutas, sucos e água. Uma água que faltou no percurso por alguns problemas de logística, que realmente dificultou mais ainda minha "batalha" com minha mente, mas segui, corri e venci!

Foi bom. Fazer um treino assim é excelente! Foram quase 19k, mas, no meu caso especialmente, foi mais do que uma meia. Quase uma maratona, talvez, com suas devidas proporções. Mas foi excelente.


Boas passadas ! 

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

AUMENTE O SOM

E aí, corredor?!


Em uma corrida ou treino longo, sempre vem a mente durante nossas passadas perguntas do tipo: “o que estou fazendo aqui? Podia estar dormindo, descansando neste domingão e estou aqui, sofrendo?”. Na maioria da vezes, superamos este “bloqueio”, mas tem dia que isso é bem mais difícil.

Aí, eu e outros milhares de amigos corredores recorremos a um fiel companheiro, o nosso MP3. Uma música pode motivar a corrida, dar força às passadas e fazer-nos superar os momentos complicados. Apesar das divergências e do debate intenso, eu sou um adepto do MP3 nas corridas.

Os benefícios que a música pode trazer para a atividade física foram comprovados por um dos maiores especialistas em psicologia do esporte no mundo. O treinador e pesquisador inglês Costas Karageorghis, responsável pelo núcleo de pesquisa que analisa as relações entre música e esporte na Universidade de Brunel, em Londres (Inglaterra). Ele estuda há 20 anos como e porque a música certa pode influenciar o desempenho esportivo e está prestes a lançar mais um livro sobre o assunto, intitulado "Inside Sport Psychology".

Em um estudo realizado em 2009 e publicado no Journal of Sport & Exercice Psycology, Karageorghis demonstrou que a música certa pode fazer você correr mais e melhor — o tempo passa mais rápido, você ganha ritmo, diminui sua percepção de cansaço e melhora o humor.

De acordo com Karageorghis, as notas musicais que entram pelos seus ouvidos quando você está correndo são capazes de provocar várias reações no seu corpo que beneficiam o desempenho:
- Você se desconecta da realidade – a música afasta pensamentos negativos e, induzido pela música, o atleta entra em uma imersão profunda na atividade física.
- Você entra no ritmo – a música melhora a eficiência e promove maior resistência física graças a sincronização dos movimentos com a batida.
- Você vai mais longe – a música pode inibir a sensação de cansaço em exercícios de baixa intensidade.
- Você fica de bom humor - a música aumenta o vigor, a sensação de felicidade e o ânimo, enquanto reduz emoções como tensão, depressão, raiva e cansaço.
- Você controla os efeitos - A música oferece uma injeção de ânimo ou de relaxamento, dependendo das suas necessidades.
- A música faz você viajar – momentos interessantes da vida e dos esporte podem vir à tona com uma determinada música, fazendo você viajar no tempo.

Existem estudos e sites em que vc pode, inclusive, preparar sua seleção de acordo com a evolução dos seus batimentos cardíacos, dando dicas para a música adequada para cada tipo de treino. Confira no RUN2R ou no Stereomood.

Alguns estudiosos alegam que a música é negativa por que o atleta não se concentra nos sinais do seu corpo: ritmo da passada, respiração, passadas.

Eu, no entanto, sou adepto total do uso da música para correr, principalmente em provas ou treinos longos, quando geralmente estou sozinho.  Para mim, a sensação de prazer é muito maior  e motivante. Me ajuda tanto a concentrar como a relaxar, já que o meu objetivo é correr com o máximo de prazer possével.

Minha seleção musical não é baseada em BPM, mas no que gosto de ouvir. Aí, coloco meu MP3 no modo aleatório e deixo rolar. É uma seleção extremamente eclética, que vai desde eletrônica, passando pelo house, MPB, samba, axé, Rock, pop, jazz . . . é diferente. Como mencionei, procuro músicas que me dão prazer de ouvir para que este prazer seja, de certa forma, revertido para a corrida. E como é bom ter este companheirinho durante minhas provas ou treinos longos.

Algumas músicas da minha seleção que recomendo:
- Aaron Thomas - Descending
- Amy Winehouse - Rehab
- Black Eyed Peas - I Gotta Feeling
- Bob Sinclair - World, Hold On
- Cássia Eller - Quando A Maré Encher
- Nando Reis/Luau MTV - Luz Dos Olhos
- Camisa de Vênus - Eu Não Matei Joana D'Arc
- ColdPlay - Viva La Vida
- Colbie Caillat - Bubbly
- Detonautas - Tênis Roque Clube
- Diogo Nogueira - Fé em Deus
- Dire Straits - So Far Away
- Doces Cariocas - Quanto Tempo
- Greenday - American Idiot
- Jose James - Love
- Kid Abelha - Peito Aberto
- Kings Of Leon - Sex On Fire
- Lenine e Julieta Venegas - Miedo
- Madonna - Celebration
- Red hot Chilli Peppers - By The Way
- Seal - Crazy
- Skank - Ainda Gosto Dela
- Survivor - Eye Of The Tiger
- The Who - Won't Get Fooled Again 
- U2 - Elevation
- Van Halen - Jump
- Snow Patrol - Open Your Eyes
- Moony - I Dont Know Why
- Moby - Extreme Ways
- Obits - Run 
- Franz Ferdinand - Take Me Out
- Gabin Feat Dee Dee Bridewater - Into My Soul
- Claudia Leite - Extravasa
- Guns N' Rose - Sweet Child O Mine 

Boas passadas.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

CORRENDO NO PARQUE DE ÁGUAS CLARAS

E aí, corredor?!

Domingo, dia 13 de fevereiro, resolvi dar minhas passadas pelos quase 4,5k do Parque de Águas Claras. Já é um velho conhecido meu, por que morei por três anos na cidade, bem em frente ao Parque, e aproveitei muito o local para correr.

O Parque tem uma pista interna que, na sua maior extensão, tem quase 4,5 km de distância, marcada por grandes e intensas subidas e descidas, com poucos terrenos planos. Mas o Parque oferece ainda terrenos de terra, trechos mais curtos, areia e grama para quem quiser variar seu treino ou corrida.

Além da pista interna para corrida, o parque conta com três quadras polivalentes, duas quadras de areia onde o Futivôlei é o esporte mais praticado, um arremedo de campo de grama, espaço para musculação e, mais recentemente, aparelhos para ginástica da terceira idade, que já faz parte de outros parque da cidade.

Corri com o meu companheiro Garmin para aferir a distância exata da pista de corrida. Comecei na entrada do parque, sentido horário. De cara, uma subida pequena para logo depois termos uma outra, mais intensa. Aí mais subidas pequenas, terreno plano, e uma longa e também intensa descida. Depois passamos pelo lago e encaramos outra pequena subida para depois entrarmos em uma nova descida grande. Caímos em um terreno plano, passando depois pela área mais movimentada, para depois passarmos pela ponte maior e encararmos a maior subida.

Depois dela, mais subidas e descidas pequenas, mais um ponte e depois outra forte subida até o final do percurso, em um terreno plano. Tudo no asfalto, ladeado por dois riachos que cortam o Parque e muito verde, com uma fauna de árvores diversas, predominando as mangueiras e jaqueiras, e muito mato, que estava bem grande mesmo. 

Bom matar a saudade. No final, um bom alongamento para finalizar a corrida.

Vale à pena conhecer.

Boas passadas.

   

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

ÁGUA DEMAIS OU ÁGUA DE MENOS

E aí, corredor?!

Manter-se bem hidratado é uma das primeiras coisas que se aprende em qualquer esporte. Nas corridas de rua, onde mesmo pequenas perdas de líquido corporal podem significar grandes reduções de rendimento, as preocupações com a hidratação foram sendo reforçadas ao longo do tempo e passaram a ser cada vez maiores e mais severas.

No caso das corridas a preocupação tornou-se tão grande que recomendava-se a ingestão de água a cada 15 ou 20 min, considerando ainda que o corredor vinha para a prova muito bem hidratado e na poderia largar sem se reabastecer antes.

A recomendação para se beber muita água sempre esteve associada aos riscos da desidratação. Um maratonista, por exemplo, têm uma perda de líquidos acentuada e, evidentemente, precisa de muito mais água que uma pessoa precisaria em uma situação normal.

Não havendo de onde tirar água, o organismo busca da existente em outras partes do corpo para priorizar a recomposição do sangue. Não havendo líquidos suficientes, ocorre um aumento da freqüência cardíaca e, se ainda assim não for suficiente, acontece a redução da capacidade respiratória. Por isso a recomendação: beber toda a água que pudesse e mais um pouco.

Porém, o excesso de água também pode acarretar em problema para nós corredores. Estudos constataram que o excesso de água – ingerido em princípio para prevenir e evitar a desidratação - acaba provocando um desequilíbrio ainda maior na taxa de sódio. O organismo está com sódio de menos e ainda tem que dividi-lo com a grande quantidade de água que foi bebida. O resultado de tamanha diluição é que a concentração de sódio no plasma sangüíneo baixa muito além dos limites (Hiponatremia).

Entre outras situações mais específicas, a hiponatremia ocorre em indivíduos que por alguma razão ingerem (ou recebem) enormes quantidades de água, ou seja, exatamente o que podiam estar fazendo os corredores que eram (são) orientados a beber abundantemente durante as corridas, mesmo que não tivessem sede. Por serem desequilíbrios eletrolíticos, tanto a falta (hipo) como o excesso (hiper) de sódio no organismo representam riscos à saúde e à vida.

A letargia e a confusão mental estão entre os sintomas iniciais da hiponatremia. À medida que ela se torna mais grave, os músculos podem apresentar contrações e o indivíduo pode ter crises convulsivas. Nos estágios mais avançados podem ocorrer o estupor, o coma e a morte. Quanto menor for a taxa de sódio e mais abrupta for a sua queda, maiores serão os riscos.

Por outro lado, o volume sangüíneo pode aumentar quando existe excesso de sódio no corpo, a chamada hipernatremia. Nela o líquido extra fica retido no espaço em volta das células e acarreta uma condição denominada edema.

Ao contrário da hiponatremia, na hipernatremia o organismo contém muito pouca água em relação à quantidade de sódio nele existente. Geralmente a concentração de sódio sobe além dos limites quando há uma perda de água maior que a de sódio, o que, entre outras razões, ocorre quando o indivíduo transpira muito e ingere um volume demasiadamente pequeno de água, levando à desidratação.

Um sinal visível do edema é o inchaço dos pés, dos tornozelos e das pernas. Bastante comum entre idosos, a hipernatremia também pode ser observada em indivíduos com disfunção renal, diarréia, vômito, febre ou sudorese excessiva.

Resumindo: em termos da hidratação adequada, o ponto chave de suas novas corridas deverá ser deixar seu corpo dizer para você se ele quer mais ou menos líquido. Não se descuidando nunca da importância da água, esqueça um pouco as recomendações teóricas - de modo geral elas tendem a ser um tanto exageradas ou ficam afastadas da realidade individual - e beba quanto e quando seu corpo pedir. Aprenda a dosar bem a quantidade ingerida. Nada de ficar naquele desespero do "tenho que tomar dois copos agora e um daqui a vinte minutos". Esse tempo já passou.

Veja a matéria completa no dita da Revista Contra o Relógio. Clique aqui (http://revistacontrarelogio.com.br/materia/agora-e-para-beber-so-quando-tiver-sede-nao-antes/).

Boas passadas.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

DICAS DE CORRIDA DE RUA DO TELEJORNAL BOM DIA BRASIL

E aí, corredor?!

O telejornal Bom dia Brasil fez uma matéria interessante e importante sobre a corrida de rua. Dicas interessantes sobre a forma correta de correr, da postura certa para dar as passadas, e ainda técnicas para corrigir a postura. E ainda detalhes sobre passada e tipo de pisada, um dos assuntos preferidos dos corredores. Apesar de longo (6:45), é muito bom.

Confira!


Boas passadas com uma boa postura.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

COMO ESCOLHER UM TÊNIS PARA CORRER

E aí, corredor?!

Um dia desses estava conversando com uns amigos sobre nosso esporte, corrida, e no meio da conversa surgiu um assunto sempre presente em nossos assuntos: a escolha do tênis certo para correr.

Já falei diversas vezes sobre este assunto aqui no E AÍ CORREDOR. Em setembro de 2008 trouxe o post intitulado "A Escolha do Tênis Ideal", o primeiro que tratei deste assunto tão importante, colocando o porquê da necessidade de se escolher e realizar a troca de calçado periodicamente.

Em janeiro de 2009 foi a vez do post "Qual é o Seu Tipo de Pisada", onde tratei do assunto sobre como saber da pisada que cada um tem para escolha do tênis certo para a prática, assunto este que voltei a falar recentemente, com dados mais atuais, no post homônimo "Qual é o Seu Tipo de Pisada", em janeiro deste ano.

Em abril de 2010 publiquei um resumo de uma interessante matéria da Revista O2, de janeiro de 2010, intitulada "Mais Detalhes Sobre o Tênis", onde é traçada uma explicação sobre a diferença de material usado nos calçados de corrida de hoje, específico para cada tipo de pisada.

A corrida, à primeira vista, parece um esporte fácil, que não requer grandes cuidados. Não existe contato físico, parece que não precisamos de tanta técnica para correr e, com um pouco de treino, já estamos devidamente habilitados para enfrentar uma prova de 5 km ou mais.

Isso só à primeira vista. Quem se aventura no esporte percebe logo que não é tão fácil assim correr. Existe sim uma técnica certa, que te ajuda a ter melhor rendimento e maior resistência, e uma série de outros detalhes, que, dependendo do seu grau de envolvimento com o esporte, tornam-se extremamente necessários.

Em termos de acessórios, o tênis é o principal deles. Quando comecei a correr, não me preocupava com esta história de tênis específico para a minha pisada, nem sabia que existia um tipo de pisada específico de cada pessoa. E mesmo quando me falavam disso, achava mais que era fruto de uma jogada de marketing dos fabricantes.

Mas foi só saber minha pisada certa para descobrir o quanto isso era importante. Não tenho como prioridade hoje na prática da corrida em bater recordes e mais recordes pessoais de tempo ou distância. Meu negócio é correr, ter um esporte regular, praticar, dar minhas passadas por aí. E como para isso as distâncias foram aumentando, saber a minha pisada exata para comprar o calçado certo para ela tornou-se imprescindível e até fundamental para minha continuidade no esporte.

Lesões são muito comuns em nós corredores. A corrida, chego a pensar, apesar de não parecer é um esporte radical. O impacto das passadas no nosso organismo é extremamente forte. Envolve pés, panturrilha, canela, coxa, joelho, glúteos, coluna, músculos diversos, ombros, pescoço, só para citar algumas partes do nosso corpo que são envolvidas no momento de uma passada. E, para quem tem o hábito, é necessário se proteger com todas as ferramentas possíveis que possam evitar uma lesão.

Assim, e por conta do E AÍ CORREDOR, saí em busca de um tênis ideal para o meu tipo de pisada, entre os vários modelos existentes no mercado. No começo não sabia, como mencionei, meu tipo certo de pisada. Mas já conheci muitos modelos.

Passeei pelo Mizuno, com o Creation. Nele, destaco a leveza e a respirabilidade. O pé fica confortável e arejado. E, principalmente no modelo 10, o calçado é bonito. Mas achei que o amortecimento, apesar da boa estabilidade, é duro. 


Depois testei o Asics Nimbus, a marca preferida dos corredores do mundo todo, segundo pesquisas. O Nimbus é um calçado que se destaca pelo excelente amortecimento. A gente realmente sente ele, macio. Mas é um tênis pesado. Correndo com ele uma prova com dia chuvoso, o peso dele duplicou, cansando mais. 


Mas até aí não sabia meu tipo certo de pisada e os dois acima não são ideais, já que são próprios para supinadores, e eu tenho pisada neutra com leve pronação.

Parti então para o Adidas Supernova, ideal para pisada neutra. Em termos de custo-benefício é excelente. Preço bom em um tênis que atende bem em amortecimento, beleza, boa respirabilidade do pé, deixando ele arejado durante toda a prova, leve, boa estabilidade. Mas o maior problema para mim foi que o calçado tem a ponta mais fechada, roçando na unha do dedão. 

Aí, em uma viagem ao esterior comprei um Nike, o Structure, este específico para minha pisada. Um bom tênis. Ele não é tão pesado, bem arejado, bom amortecimento (nem tão macio, nem tão duro), bonito. Para corrida, ótimo, mas não gostei para treino. Nos tiros, ele se mostrou ruim. Meio termo.

O outro tênis da Nike que estou usando atualmente é o LunarGlide. É o mais bonito de todos, com excelente amortecimento, sem costura para irritar no contato do pé com o calçado. Conceito moderno, adapta-se a qualquer tipo de pisada segundo o fabricante. O único defeito: meu pé parece ficar "queimando" depois de 5k de prova ou corrida. Muito quente. Mas é um tênis bom e que tem um preço acessível dos top's e estou achando bom.

Mas a marca que me adaptei melhor foi a Saucony. Estou usando o Grid Sinister, para a minha pisada. E depois de tantos testes escolhi esta marca para me acompanhar. É pouco conhecida no Brasil, mais já tem muita experiência dos EUA. O Sinister se mostrou um tênis leve, arejado, macio, estável. Um ótimo modelo. A marca tem boa aceitação entre ultramaratonistas. Foi, de todos, o que mais me adaptei. 

Na verdade, depois de tanto testar e ouvir amigos corredores, o que tenho a dizer é o seguinte: quando achar um tênis em que você se adapta, fique com ele. Acompanhe o modelos sempre, por que isso é que é o certo. 

Tenho amigos que adoram Mizuno, outros que amam o Asics, aliás a marca preferida mundialmente segundo pesquisas, outros não largam o Nike - tenho vários amigos amando o Lunar Glide, que também gostei mas não mais que o Saucony, e o Vomero, para os supinadores - e outros que se adaptaram bem ao Adidas. 

Boas passadas.