segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

DEU BRASIL NA CORRIDA DE REIS DE BRASÍLIA

Galera da Equipe X na 42ª Corrida de Reis do DF
E aí, Corredor?!

Ontem, quando mais de 8 mil atletas invadiram o Eixo Monumental de Brasília para correr a 42ª edição da Corrida de Reis, teve um brasileiro que ficou mais feliz e embolsou os R$ 10 mil do primeiro lugar. Foi Damião Ancelmo de Souza, de 32 anos, que sagrou-se campeão da prova pela segunda vez.

O feito não foi simples não. Damião superou o queniano Joseph Kachapin. Como todos sabem, os quenianos dominam as corridas de rua pelo mundo inteiro. Foram eles que levaram o primeiro lugar da Corrida de Reis de Cuiabá/MT, com Mark Korir.

No feminino, tanto em Cuiabá quanto em Brasília o domínio, no caso, foi do Quênia. Em Mato Grosso a campeã foi Eunice Kirwa. Em Brasília foi Rumokol Chepkanan. 

A prova de Brasília mostrou ter o percurso mais rápido que a de Cuiabá, já que, tanto no masculino como no feminino, os atletas vencedores fizeram tempos melhores capital federal. 

Damião terminou a prova de Brasília em pouco mais de 29 minutos. Korir, em Cuiabá, terminou no primeiro lugar em pouco mais de 30 minutos no masculino e no feminino Chepkanan terminou no DF em 32m37s e Kirwa, em MT, em 34m35s.

Boas Passadas.

Fonte: Corredores de Rua (DF) e Globo Esporte (MT)

sábado, 28 de janeiro de 2012

CORRIDA DE REIS 2012 - EU FUI !

E aí, Corredor?!

E lá se foram mais 10 km. Hoje fiz mais uma Corrida de Reis,  a 42ª edição, junto com cerca de 8 mil corredores, entre inscritos e "pipocas", entre os quais eu me incluí neste ano. Não me senti tão culpado assim, já que a própria organização incentivou a nossa presença e a inscrição era quase gratuita (5 kg de alimento não perecível).
Não consegui fazer a inscrição. Tentei fazer, mas uma semana antes do encerramento do prazo elas já haviam encerrado. Nem fila de espera consegui pegar. Mas mesmo assim não poderia deixar de comparecer à prova, a mais tradiocional da cidade, ainda mais este ano que ela prometia mais ainda, pela número recorde de corredores, a grande presença de atletas de elite de altíssimo nível atraídos pela excelente premiação, de R$ 10 mil para o primeiro lugar.
A prova este ano teve outra diferença: começou às 19h30 para a pelotão geral. Um bom horário, que, é claro, deixou o trânsito complicado, já que ocupou por mais de 4h uma das principais vias de Brasília, o Eixo Monumental, onde estão os mais conhecidos cartões postais da cidade. Mesmo com a aviso prévio de mais de 2 meses de antecedência, a população nunca esta preparada, e reclama bastante. Esta, aliás, é uma das evidências que mostram a cidade não compora corridas de grande porte e por isso que aqui, apesar das largas avenidas, nunca teremos uma prova como por exemplo a São Silvestre, com 25 mil atletas.
Como estava na "pipoca", fiquei bem atrás do pelotão de largada, para não atrapalhar ninguém. E tive que disputar espaço com os 8 mil corredores que dividiram as três faixas separadas na avenida para corrermos. Não sabia se faria 6 ou 10 km, as duas distâncias da prova, e iria decidir durante o decorrer da corrida. Ainda mais depois de, antes, ter encarado uma deliciosa feijoada. Por isso, iria ver como o meu corpo se comportaria durante a prova para então decidir.
Como comecei nem atrás, não pude correr forte e a meu grande trabalho era desviar dos corredores mais lentos. Pior ainda, desviar de bicicletas e crianças, que, como não tem nenhuma experiência nem obrigação, acabavam atrapalhando nossa corrida. Culpa dos pais, que tinham que evitar isso. Mais um motivo do porquê Brasília não pode sediar provas maiores.
A organização foi impecável o tempo todo. Água no percurso a cada 3 km para todo mundo e toda a pista segura, com o apoio da polícia, orientando inclusive os corredores afoitos que insistiam em sair da área de segurança. Mas esta mesma polícia também atrapalhou em um certo momento, cruzando a pista e atrapalhando milhares de corredores justamente na subida. Mas tudo bem, foi só uma vez.
Bem, voltando à corrida, os primeiros 5 km foram de descida. Saímos da altura do estacionamento do estádio Mané Garrincha e seguimos em direção ao Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal. Daí pegamos um retorno e lá fomos nós, descendo com destino ao Congresso Nacional, passando pelo Centro de Conveções, Parque da Cidade, Rodoviária local, Museu Nacional, Catedral, Ministérios.
Até aí, descida. No Congresso Nacional, depois de um novo retorno, começamos a subir. Aí passamos pelo Palácio da Justiça, os outros Ministérios, Teatro Nacional, novamente a Rodoviária local, Torre de TV, depois da subida mais ingreme, e daí já avistávamos o local da chegada, no esacionamento do Ginásio Nilson Nelson.
Corri novamente bem. Não fiz um tempo fantástico, terminei os 10k em 48min, mas gostei por que, psicologicamente, foi mais uma prova perfeita, sem "sabotagens". Já é a quarta corrida que faço assim. Desde a Adidas de Dezembro, depois a São Silvestre, Corrida do Marmelo e agora a Corrida de Reis. Corri bem, tranquilo, mentalmente concentrado e no ritmo.
Com cerca de 8 mil corredores, esta prova se tornou, com certeza, a maior corrida de rua do DF. Recorde de inscritos e mais ainda de corredores. Muita gente envolvida, com um público assistindo bem empolgado. Mas, apesar da organização ter feito de tudo para que a prova fosse realizada de maneira tranquila, os participantes fizeram um pouco de confusão.

Mas, no geral, ótima prova. Gostei de participar, fiz uma boa corrida e deu tudo certo. E lá se foram mais 10 km para o currículo.
Boas passadas.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

POR QUE CORRER COM ACOMPANHAMENTO DE UMA ASSESSORIA?

E aí, Corredor?!
A Corrida de Rua é um esporte aparentemente solitário, mas a melhor forma de praticá-lo, assim como outras modalidadaes esportivas ao ar livre, é com uma equipe. Na verdade, conseguimos praticar sem a necessidade de alguém para nos acompanhar. Mas que é mais saudável e prazeroso ter alguém ao lado para acompanhar numa prova ou mesmo treino é indiscutível.
E o que leva à formação da equipes? Justamente a assessoria esportiva, que além de propiciar a integração de diferentes pessoas na prática do esporte, ainda ajuda-nos na melhor maneira de fazê-lo, de forma que evitemos problemas futuros ou mesmo imediatos como as temidas lesões.
Com o acompanhamento de um profissional podemos tirar nossas dúvidas, aprimorar nossa biomecânica de corrida, desenvolver mais rapidamente e de maneira segura nosso condicionamento. E com o apoio dos amigos, que conhecemos mais facilmente nestas assessorias, que formam as equipes, conseguimos nos envolver mais facilmente com o esporte.
Na assessoria ficamos "antenados", sabendo do que está acontecendo em nosso universo esportivo. Quer saber de uma prova interessante? Alguém do grupo de corrida vai saber e te contar, a começar do seu personal. E o melhor tênis, frequencímetro, enfim, enquipamento para a prática? Lá estaram nossos amigos dando as dicas.
Só existem benefícios na verdade. Quando a gente, por exemplo, pensa em fazer uma prova fora da cidade em que moramos, logo pensamos na idéia de fazer isso com os amigos da equipe. E no caso das provas de revezamento nem é preciso pensar muito o quanto é necessário conhecer amigos corredores.
Enfim, que a gente pode até fazer tudo sozinho, podemos. Mas o melhor é ter um amigo por perto. E,  mais ainda, ter o acompanhamento de um dos amigos mais importantes neste grupo, nosso personal running.
Então, se você quizer se manter por mais tempo no esporte, e de maneira saudável  e motivada, pode ir correndo atrás de um equipe.

Boas passadas.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

MIZUNO TRAZ CIRCUITO ATHENAS PARA BRASÍLIA

E aí, Corredor?!

O Circuito Athenas de corridas de rua, prova cujo patrocinador principal é a fabricante de roupas esportivas Mizuno, marca extremamente associada a corrida de rua no Brasil e no mundo, este ano chega a Brasília.

O Circuito está no terceiro ano de realização e já acontecia em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte. E nada mais normal estar chegando na capital federal, uma das principais cidades do esporte, onde o múmero de adeptos cresce mais e mais a cada dia.

O Athenas é composto por etapas que juntas formam o Circuito. Mas o diferencial dele em relação, por exemplo, ao Circuito das Estações Adidas é que a cada etapa as distâncias mudam.

Na primeira, os atletas podem optar por 5 ou 10 km. Na segunda, 8 ou 16 km. Finalmente na terceiram 10 ou 21 km. E mais: na segunda e terceira etapas, ainda existe a distância de 4 km voltada para os velocistas ou para aqueles que estão iniciando no esporte ou voltando de um tempo parado, esta uma novidade deste ano do Circuito.

Com isso, podemos analisar de forma diferente nossa evolução no ano e se os nossos treinamentos estão realmente fazendo efeito. Ao contrário das provas da Adidas, esta evolução é verificada no aumento da distância e não na melhoria do tempo de prova.

A primeira prova será justamente a de Brasília, que do dia 04 de março foi alterada para 11 do mesmo mês. Depois vem Porto Alegre (18/03), Rio de Janeiro (25/03), São Paulo (13/05) e Belo Horizonte (20/05).

A segunda etapa começa em Porto Alegre (01/07) e aí vem Brasília (08/07), Belo Horizonte (15/07), São Paulo (22/07) e finalmente Rio de Janeiro (12/08).

Belo Horizonte recebe a terceira etapa primeiro, no dia 30 de setembro, seguida de Rio de Janeiro (21/10), São Paulo (18/11) e Brasília e Porto Alegre acontecendo no mesmo dia, 02 de dezembro.

Além da medalha para os que completarem o percurso, do 1º ao 5º lugar leva também troféu além de produtos Mizuno.

O local de realização da prova em Brasília ainda não foi divulgado pela organização. O fato é que eu já me inscrevi, pronto para fazer os 10k da primeira etapa.

Inscreva-se também pelo site do evento. Clique aqui.

Boas passadas.

Fonte: Site do Circuito Athenas.


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

MÚSICA PARA CORRER - THE WHO - WON'T GET FOOLED AGAIN

E aí, Corredor?!

Continuando na onda Rock 'n' Roll para nossas seleções de música para corrida, sugiro hoje a antológica música Won't Get Fooled Again, do The Who!

Mais uma para corridas longas, mas que me dão mais energia para encarar o cansaço e vencer a "sabotagem" psicológica.

Confira:


Boas passadas.

domingo, 22 de janeiro de 2012

CORRIDA DO MARMELO - EU FUI !

E aí, Corredor?!

É marmelada ! É marmelada!

Não! Não foi marmelada. Corri com cerca de 800 corredores e, siceramente, acredito que pelo menos 80% deles era corredores de elite de Brasília. Feras do esporte da cidade que eu já vi subir nos podiuns de corridas da cidade mais de uma vez. E eu estava lá, correndo com essa turma tão especial do esporte. E, confesso: me senti mais corredor hoje (rss).

A Corrida do Marmelo acontece na Cidade Ocidental que, como já mencionei, é uma cidade goiana que fica há apenas 40 e  poucos km de Brasília. Já tem até uma certa tradição na região e, principalmente por causa do prêmio em dinheiro, atrai muitos corredores de alto nível. Aliás, diria que quem vai à Corrida do Marmelo, pelo que vi, é gente que corre MUITO. E lá estava eu, uma espécie de intruso este meio da elite.

O engraçado da história é que não dava nada pela corrida. Desorganizada para os padrões atuais, paguei a inscrição e não sabia direito o percurso, onde começava, como era a entrega do kit e sequer como era o próprio kit. Mas, empolgado e motivado pela "pilha" dos amigos corredores, acordei no domingo (22/01), às 6h da manhã, para ir rumo à Cidade Ocidental dar minhas passadas e até conhecer a cidade.

Marcada inicialmente para as 9h, a organização atrasou o início da prova, que acabou começando às 9h30. Pouco para alguns mas muita diferença para nós corredores que corremos sob um sol forte de verão, que deu pela primeira vez a sua cara de maneira intermitente.
Em pé, da equerda para a direita, Nati, Margareth, Diva, Ivan
Nilson e Aline. Agachados: Gislene e Caique
E lá fomos nós, correndo entre os 800 colegas. Era gente forte, que já subiu em podiuns mais de uma vez em corridas de Brasília. Mas estávamos lá: eu, Aline, Ivan, Nati, Gislene, Nilson, Diva e a surpresa, a amiga Margaret para corrermos os 10k desta inusitada prova.

Claro, inusitada para nós que encarávamos pela primeira vez o percurso. E todos nos 10k. Foi diferente, interessante, novo para nós. A prova, me parece, passa por vários bairros da cidade, começando pelo centro. E termina no distrito de Mesquita, onde a cultura do plantio do Marmelo é mais forte.

Os primeiros quilômetros, ou ,melhor, os prmeiros 5 km são de intensa subida. É um tal de sobe, sobe, sobe e sobe. Parecia não acabar mais. Mas depois do cemitério tudo começava a mudar. O terreno ficou plano e depois foi uma deliciosa descida até o final. Assim, depois dos difíceis 5k de subida iniciais, 3k e descida, intercalado com terrenos planos e outras pequenas subidas.

Mas para nós era tudo novidade. Correr numa cidade diferente, numa cidade que não conhecíamos, com um percurso completamente novo para nós foi uma experiêcia interessante. Apesar da organização amadora. Não tínhamos proteção para correr na pista, em uma avenida em que existia um certo tráfego de veículos. Mas todos respeitaram os atletas e passavam sem maiores atribulações. Porém, parecia mesmo uma corrida de aventura.

Corremos forte. Seguimos juntos,  eu e Ivan, pelos 10k. Fechamos o trajeto em 48min. Um bom tempo, se levarmos em conta que estamos retornando aos treinos e estamos ainda nos condicionado adequadamente. Mas já fizemos melhor. Só que começar uma prova de 10k com subida intensa, sem saber o que vai rolar pela frente é complicado Por isso decidimos não fazer "travessuras" em nosso trajeto.

E terminamos bem, com fôlego para mais 10k. Corremos forte, com média abaixo dos 5min/km de ritmo, chegando inteiros. E isso foi bom. Ainda mais por que corremos com as feras do esporte em Brasília. E foi nossa primeira corrida oficial. Para mim, foi ótimo.

No final, a Corrida do Marmelo se mostrou surpreendente. Foi interessante e diferente correr dentro da cidade, olhando a sua paisagem quase rural no percurso. E correndo ao lado dos melhores nomes de Brasília no esporte. Foi realmente um orgulho. E para tudo terminar com uma linda medalha, um lindo troféu e, para o primeiro colocado, além do prêmio de R$ 800,00, uma marmelada, tradicional produto da cidade.

Terminamos com a sensação de que queremos mais corridas assim, passeando pelo entorno de Brasília conhecendo as cidades e correndo nos percursos delas. A Cidade Ocidental foi a primeira e outras virão. E a Corrida do Marmelo foi a primeira corrida oficial de 2012. Uma corrida inspiradora, complicada e empolgante.

E que venham mais!

Boas passadas.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

PRIMEIRA PROVA DO ANO - CORRIDA DO MARMELO

E aí, Corredor?!

Não vai ser a Corrida de Reis nem tampouco a Corrida do Circuito do Sol. A primeira prova que vou fazer este ano é a Corrida do Marmelo.

A corrida é realizada na Cidade Ocidental, município do estado de Goiás localizado no entorno de Brasília. A cidade fica a 192 km da capital do estado, Goiânia, e a 48 km do Distrito Federal. Ou seja, é mais brasiliense do que goiana.

A Corrida do Marmelo será realizada no próximo dia 22 de janeiro e esta na sua 7ª edição. Tem duas distâncias para escolha dos atletas, 5 e 10 km e dá premiação em dinheiro para os primeiros colocados do 1º ao 5º lugar, tanto no masculino quanto no feminino, que vai de R$ 800,00 para o primeiro e R$ 100,00 para o 5º colocado mais troféu. Ela Faz parte dos festejos da Festa do Marmelo, que é realizada tradicionalmente para comemorar a colheita do fruto.

As inscrições podem ser feitas pelo site do CORDF. Clique aqui para fazer.

Já a Corrida de Reis este ano vai ser realizada no dia 28 de janeiro, e não no primeiro domingo após o dia 6 de janeiro, data em que se comemora o dia de Reis. Tudo para atrair mais atletas, uma vez que ela concorria com a Corrida de Reis de Cuiabá/MT, mais tradicional e por isso mesmo que atraía mais corredores de elite. A procura pelas inscrições foi tanta que elas terminaram com mais de uma semana antes da data prevista para o término, já que o número de atletas é limitado a 6 mil.

A Corrida do Circuito do Sol vem logo depois, no dia 05 de fevereiro, e também promete lotar a Esplanada dos Ministérios. A primeira etapa do Circuito será na capital mineira, Belo Horizonte/BH, no dia 22 de janeiro. Depois vem o Rio de Janeiro (28/01), Brasília (05/02) e no dia 12 de fevereiro o circuito se encerra em São Paulo. Exceto BH, o resto das etapas estão com inscrições abertas ainda. Para se inscrever basta acessar o site do evento.

Boas passadas.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

MÚSICA PARA CORRER - LA GRANGE - ZZ TOP

E aí, Corredor?!

Para incluir no sua seleção de corrida. Mais um bom e velho Rock 'n' Roll. Sem mais delongas, La Grange, do ZZ Top. Começa lenta e depois o ritmo só aumenta, só ajuda.

La Grange, ZZ Top. Imperdível.


Boas passadas.

TÊNIS MINIMALISTA - UMA NOVA MODA DAS CORRIDAS?

Vibram FiveFingers
E aí, Corredor?!

Esta aí um dos assuntos mais polêmicos atualmente quando nos referimos à corrida de rua: a cada vez maior popularidade dos chamados tênis minimalistas, ou seja, aqueles calçados esportivos que têm um mínimo de amortecimento no solado. Será que eles são mais benéficos contra lesões do que os que tem esta característica? A polêmica esta no ar, e parece que não terá solução tão cedo.

Experimentei um tênis minimalista em 2009, quando usei um para minhas provas de 5 e 10 km. A idéia era que, por serem mais leves, eles melhorariam a performance durante a prova, o que eu comprovei. Bati alguns recordes pessoais com o pequeno notável. Mas logo tive que aposentá-lo, já que o pequeno amortecimento resistiu apenas por um ano.

Mas naquela época não existia esta polêmica. Ela surgiu, na verdade, ano passado, após o lançamento do livro "Nascido para Correr", de Christopher McDougall. Os capítulos polêmicos do livro concluem que os tênis de corrida contribuíram pouco para prevenir lesões. E depois veio a popularização dos tênis minimalistas, mais acentuada ainda com o surgimento dos Vibram FiveFingers, espécie de luva para os pés, com um solado de borracha. 

Consultando meu treinador, ele, que usa o FiveFingers em alguns momentos, recomenda o mesmo mais para trilhas ou corridas na areia da praia, por exemplo. No asfalto, apenas para quem já tem o hábito de correr há bastante tempo e que possui um mecânica quase perfeita de corrida. O calçado acaba ajudando a gente a corrigir nossa pisada, segundo ele. Só que, para quem tem algum tipo de lesão, seria meio que loucura usar.

Bom, a Runners World, em seu site, publicou uma matéria interessante sobre o assunto, boa para que possamos tirar nossas conclusões. Li, e continuarei como meus tênis com amortecimento por enquanto. Mas acho interessante fazer um teste com um minimalista novamente, em trilha ou praia. Já até comprei um, da New Balance, mas ainda não experimentei correr com ele.

Vejam a matéria na íntegra no site da Runners. Clique aqui.


Boas passadas e valeu pela dica, Aline!

domingo, 15 de janeiro de 2012

MÚSICA PARA CORRER - A HORSE WITH NO NAME - AMERICA

E aí, Corredor?!

Depois de um corridão inspirador como este, e mesmo sem ter corrido com meu fiel companheiro, o MP3, não dava para sugerir outra música que não fosse esta do América, A Horse With No Name. Para mim, não precisa seu ouvida apenas em um longão. Nestes meus 18 km de hoje cairia como uma luva.

A Horse With No Name, América. Música antiga, mas eterna. Rock 'n' Roll de primeira linha, trilha sonora para uma corrida.


Boas passadas.

CORRENDO PELO GRANDE COLORADO

E aí, Corredor?!

Hoje tive a vivi o verdadeiro significado da corrida: peguei meu tênis, enchi uma garrafa com água, coloquei um documento de identificação no bolso e uma bisnaga de gel de carboidrato e saí sem rumo para uma corrida em um circuito totalmente desconhecido.

A experiência tornou-se diferente justamente por este fato. Apesar de já ter passado por uma parte deste circuito em uma das Corridas Sem Compromisso, a 4ª Corrida Sem Compromisso/Aniversário da Elaine, o terreno esta diferente da época de nossa aventura, e o trecho percorrido era muito maior, já que meu objetivo era dar a volta em uma parte do bairro Grande Colorado, próximo a Sobradinho, uma das cidades satélites de Brasília. Ou seja, o percurso era totalmente desconhecido.

O Grande Colorado é um bairro relativamente novo do Distrito Federal caracterizado por inúmeros condomínios de classe média. Em um deles mora meus pais e uma irmã, o Bela Vista, que já foi objeto de posts anteriores onde comecei a correr e onde fiz também Corridas Sem Compromisso, mas só dentro do condomínio.

Desta vez, resolvi desbravar as pistas externas do belo condomínio. Tinha o percurso na cabeça, pois já tinha visto de carro. Mas não não sabia do que iria encontrar pela frente: distância, dificuldades do terreno, tipo de piso, quantidade e dificuldade das subidas e descidas, enfim, nada. Apenas a vontade de fazer e o contato visual andando de carro.

Mas lá fui eu. Acordei às 9h e saí para correr por volta da 10h da manhã. No começo, maravilha, encarei só descida. Mas como não sabia encontrar, resolvi não arriscar muito e procurei cadenciar meu ritmo de corrida, como se estivesse correndo uma Maratona. Na verdade, depois de ver os resultados, me preveni demais até e o ritmo foi bem alto, cm média de 6min16.

A descida me acompanhou por cerca de 6 km. Depois foram só subidas: grandes, pequenas, fáceis, difíceis. Subidas e mais subidas até o final do percurso. Tanto que o ganho de elevação foi de 594 m. Veja bem, o condomínio fica a 1.200m acima do nível do mar. E correndo, ainda tive este ganho de elevação, igual ao terrível Morro do Sertão, na Volta da Ilha, quando sai de 0 para quase 500m de altitude. Corri hoje a 1.300 metros de altitude em média, uma experiência que nunca tive.

Confesso que, depois de 15 km percorridos, resolvi andar na subida final, já na pista de retorno ao condomínio. Mas foram cerca de 400 metros. Daí não aguentei mais e voltei a correr, lento, mas correndo, chegando assim até o final, com 18,2 km percorridos e uma satisfação enorme na alma e no corpo.

Correndo assim a gente percebe como é bom encarar este esporte. Afinal, só precisei de vontade e determinação para praticar meu esporte. Com o meu condicionamento, que considero no mínimo bom já que são 5 anos e meio de vivência nas corridas, pude encarar este desafio, passando por uma BR (BR 020 que liga Brasília ao Nordeste do Brasil), ou seja, pista movimentada e com muitos caminhões e ônibus passando perto além de carros em alta velocidade.

A boa surpresa é que pude correr em segurança o tempo todo. Todo o percurso tinha um acostamento bom, que facilitou e tranquilizou muito minha corrida, já que esta era a minha principal preocupação. Mas não tive problema em momento algum, podendo correr bem.

Um circuito bom. Complicado, difícil mas seguro e prazeroso. Resumo da corrida:
Distância: 18,2 km
Tempo: 1h54
Ritmo Médio: 6min16
Velocidade Média: 9,6 km
Velocidade Máxima: 13,7 km
Calorias: 1.252
Elevação: 594m

O circuito é este:


Boas Passadas.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

MÚSICA PARA CORRER - SOCIETY - EDDIE VEDDER

E aí, Corredor?!

Uma música para quem está no ritmo da maratona, para treinar aqueles longões bbbeeeeeemmm longos mesmo. Society faz parte da trilha do filme Natureza Selvagem (nome no Brasil). Tranquila, faz a gente manter um ritmo ideal, candenciado, tranquilo, curtindo a paisagem.

Society - Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam.

Boas passadas.

DOBRADINHA BRASILEIRA NAS CORRIDAS DA DISNEY

E aí, Corredor?!

Não teve para ninguém nas provas masculinas da Disney. Tanto na Maratona como na Meia Maratona da Disney deu Brasil no ponto mais alto do pódio.

Realizada no dia 8 de janeiro, a Maratona teve como campeão o Brasileiro Fredison Costa, que faturou a mesma prova ano passado, superando o super-campeão Adriano Bastos, que já levou por 8 vezes o título da prova. O tempo de Fredison foi de 2h19min02, apenas 14 décimos de segundos a mais que Bastos, que fechou com 2h19min16.

Na Meia Maratona, que é realizada um dia antes (07/01), o também brasileiro José Virgínio de Morais levou a melhor e ficou com o primeiro lugar. Com o tempo de 1h10min12, com 51 segundos a frente do o segundo colocado, o mexicano Mauricio Mendez, de apenas 16 anos.

No feminino o Brasil não brilhou. Na Maratona os 3 primeiros lugares ficaram com os EUA e na Meia com o Equador.

Os resultados finais das provas foram os seguintes:

Maratona da Disney:
Masculino
1º Fredison Costa (BRA) - 2h19min02
2º Adriano Bastos (BRA) - 2h19min16
3º Matt Hensley (EUA) - 2h23min12

Meia Maratona da Disney

Masculino:
1º José Virgínio de Morais (BRA) - 1h10min12
2º Mauricio Mendez (MEX) - 1h11min03
3º Johnathan Lejeune (EUA) - 1h11min39

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

DE VOLTA AOS TREINOS DE CORRIDA

E aí, Corredor?!

Por que será que, depois de umas deliciosas festas de fim de ano, apesar de todo o nosso controle, a gente acaba voltando se sentindo meio pesado aos treinos?

É claro que os especialistas tem milhares de explicações, todas com fundamento, para este efeito. A parada repentina do ritmo de treinamento, o "cair" nas festas sem controle, bebendo e comendo à vontade, o relaxamento natural das férias, etc, etc, etc.

Hoje a Equipe X retornou aos treinos, depois de um recesso que eu nem vi passar de verdade. Afinal, corri a São Silvestre, e depois do natal, fizemos um treino, meio que surpresa, para a prova. Uma "corridinha"de 10 km no Parque da Cidade. Aí, como eu não canso de inventar, já estreei 2012 com mais 10 km no mesmo Parque da Cidade na quinta-feira passada. E ainda não parei de verdade.

Descansei sim. Não tive corridas no final de semana e só fiz mesmo estas três citadas. Enfim, o ritmo mudou, de 3 dias para um espaçado. 

Mas mesmo assim, hoje corri pesado. O treino, além do educativo, consistiu em um longo de 10 km, pelo Parque da Cidade, nosso palco principal de treinamento, como vocês já perceberam. Mas com um aperitivo a mais: uma chuvinha lenta, fria e constante que nos acompanhou o tempo todo.

E, independente da Chuva, eu mesmo me senti pesado. Segui a galera top dos avançados, e quase "quebrei" meus amigos. O ritmo, de leve para moderado, acabou para mim sendo mais que um moderado, quase forte em alguns pontos. Acho que estava naqueles dias onde correr não estava nos planos (rss).

Então, me expliquem: como pode ser para um cara que adora correr, e olha que completei o circuito com a turma, ter estes dias meio que de estresse na corrida?

Sei lá. Ainda bem que, depois que terminei, já ficou a vontade de correr mais.

Boas passadas. 

MÚSICA PARA CORRER - JUST SAY YES - SNOW PATROL

E aí, Corredor?!

As minhas dicas para correr voltam neste ano de 2012, e começo com uma banda que já tem estrada mas que eu passei a conhecer mais em 2011, Snow Patrol. E tudo por causa desta música mesmo que estou indicando, Just Say Yes. 

Uma canção para aquele longão, ajudando a ritmar e cadenciar a passada. Experimente.

Snow Patrol, com Just Say Yes.



Boas Passadas.

domingo, 8 de janeiro de 2012

ROCK'IN ROLL MARATHON SERIES

E aí, Corredor?!

Ano passado li, na internet, sobre a Rock 'n' Roll Marathon Series, o maior circuito de provas de 42 e 21 km do mundo, que me interessou tanto que até fiz um post sobre o assunto.


Em 2012, o circuito, que já era grande, vai crescer ainda mais, com 28 etapas, sendo 23 nos EUA, uma etapa em Montreal, no Canadá, e outras 4 na Europa.

Nos EUA, as novidades são Miami Beach, Pasadena, Portland, St. Petersburg e Washington. Elas somam-se a cidades como Las Vegas, Los Angeles, Chicago, San Diego e New York, entre outras.


As 5 etapas que acontecem fora dos EUA são, além de Montreal, no Canadá (23 de setembro), em Edinburgh, na Escócia, no dia 15 de abril, em Madri, na Espanha, no dia 22 de abril, Dublin, na Irlanda, no dia 6 de agosto e Lisboa/Portugal dia 30 de setembro.

Uma das etapas já aconteceu. Foi a do Arizona, no dia 15 de janeiro. Confira alguma das etapas seguintes:
  • New Orleans/EUA - 04 de março;
  • Washington/EUA - 17 de março;
  • San Diego/EUA - 03 de junho;
  • Chicago/EUA - 22 de julho;
  • Montreal/Canadá - 23 de setembro;
  • New York/EUA - 13 de outubro;
  • Los Angeles/EUA - 28 de outubro;
As etapas de Las Vegas e Miami Beach ainda não foram divulgadas.

Para saber mais, navegue pelo site do evento, clicando aqui.

sábado, 7 de janeiro de 2012

GOLDEN FOUR - A MEIA MARATONA DE 2011

E aí, Corredor?!

A ASICS estreou organizando e colocando o seu nome no mundo das corridas de rua com vontade. A Meia Maratona Golden Four, realizada apenas nas cidades de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte foi sucesso de participação e caiu no gosto da galera. Pelo menos todos os amigos que conversei e correram a prova e todas as pesquisas em sites que faço normalmente vi sempre elogios.

A proposta da prova, de ser a mais rápida meia maratona do Brasil, realmente convenceu os corredores, e as premiações também. No dia 06 de dezembro foi realizado um evento da ASICS com um seleto grupo de convidados onde foram divulgados os resultados da prova e entregue os prêmios.

Segundo dados da ATC (Associação dos Treinadores de Corrida), a Golden Four ASICS teve mais de 9 mil concluintes somando as quatro etapas realizadas, isso só no primeiro ano de realização. 

Com certeza uma das ferramentas que contribuiu para isso foram os prêmios. Foram distribuídas 11 viagens para os melhores colocados em cada prova, que podiam escolher entre correr a Maratona de Paris ou a de Nova York em 2012. E os prêmios não foram só para a elite. Duas viagens foram para os atletas amadores masculinos, duas para as melhores amadoras femininas, melhor atleta da categoria imprensa masculino e feminino e melhor atleta da categoria ASICS masculino e feminino e também seus treinadores.

Para os atletas TOP 100 de 2011 a ASICS reservou uma surpresa para 2012. Para 56 atletas destes atletas, que completaram mais de uma edição da prova, como forma de incentivo e também para dar o destaque merecido à estes competidores, a ASICS vai preparar uma premiação especial para eles em 2012. Além disso, todos serão convidados a correr as Golden Four ASICS de 2012, com direitos especiais como camiseta diferenciada, largada separada do pelotão geral, além de premiação exclusiva.

E, para 2012, além da medalha diferenciada e de todos estes prêmios que os melhores atletas concorrem, ainda tem mais. Quem correr as 3 primeiras etapas da prova vai ganhar a 4ª de graça. É ou não um grande incentivo para quem gosta de correr e gostou da prova?

E ainda para alavancar as vendas da marca, cada prova contará com coleções especiais de peças que serão vendidas exclusivamente nas Expos. Camisetas e tênis da marca terão customizações exclusivas para cada cidade.

Então, agende-se! O calendário 2012 já saiu e ficou assim:


  • Belo Horizonte - 01 de Abril
  • Rio de Janeiro - 24 de Junho
  • São Paulo - 05 de Agosto
  • Brasília - 04 de Novembro
Boas passadas.





quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

AGORA É CORRER PARA 2012 !


E aí, Corredor?!

E lá se foi 2011, cheio de novidades, cheio de corridas incríveis, cheios de momentos pessoais únicos no esporte. Várias metas planejadas foram batidas e outras, que nem pensava, aconteceram também. Mas o que mais importa é que mais um ano se passa e eu continuo firme, forte e com saúde para poder praticar o meu esporte.

Mas 2012 já esta aí. E hoje dei minhas primeiras passadas do ano. Foram 10 km no Parque da Cidade, aqui em Brasília, para relaxar e voltar a entrar no ritmo. Uma Ressaca da São Silvestre.

E os planos também já começam a ser escritos no papel. Mais uma maratona, provavelmente no Rio de Janeiro no dia 08 de julho. Tentar novamente correr minha primeira corrida internacional – as opções são Meia Maratona de Buenos Aires em setembro/outubro e/ou a Rock’in Roll Marathon em Lãs Vegas no mês de dezembro.

A Volta do Lago vai estar de novo na programação, tentando fazê-la com a mesma equipe e na mesma categoria do ano passado: octeto mixto masculino.

Talvez voltar à São Silvestre, ou correr outra prova em São Paulo, como os são os 25 km da Maratona de São Paulo em junho, por ser uma distância diferente, que nunca corri.

Tentar fazer a Travessia do Eixão, minha Corrida Sem Compromisso, meta não cumprida em 2011. E outras corridas sem compromisso por Brasília e por onde eu puder fazer. Este ano por exemplo a MKS, empresa organizadora provas esportivas, programou o Desafio Goiânia-Brasília. São 200k em revezamento. Quem sabe?

A Volta da Ilha, bem que eu queria repetir, mas não vai dar. Problemas financeiros me impedem, mas vou tentar apoiar a galera, indo dar aquela força para os participantes.

O circuito Adidas fica meio suspenso. Pode ser que faça. Gosto da corrida, com seu interessante kit, mas estou ainda em dúvida se faço ou não o repetitivo percurso da Esplanada dos Ministérios, palco de tantas corridas em Brasília. Assim também é com a Corrida do Sol, em fevereiro. 

Golden Four Asics, a melhor meia maratona do ano em Brasília no ano de 2011. Repetirei, seja aqui ou em outro canto do Brasil.

O que interessa é que continuarei correndo. Estou aí, para completar o meu sexto ano curtindo este saudável esporte, mantendo este saudável vício e brincando bastante pelas ruas do Brasil.

Vamos nessa?!

Boas passadas.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

CORRIDA DE SÃO SILVESTRE - EM 2011 EU FUI !

E aí, Corredor?!


Participar da Corrida de São Silvestre foi realmente especial. E motivos existiram muitos para isso. Para citar alguns:

  • Os amigos da Equipe X correndo junto a mesma prova e celebrando a passagem do ano depois;
  • O novo percurso, mais rápido, bem diferente do anterior e que, apesar das polêmicas, agradou, principalmente os atletas profissionais que elogiaram;
  • A multidão de corredores, recorde de inscritos. Foram 25 mil pessoas, fora os “pipocas” (os que correm sem inscrição);
  • A outra multidão, do público prestigiando e motivando. Eles nos acompanharam por todo o percurso, mesmo com o forte temporal que caiu, ficaram lá, firmes; 
  • A estréia nessa mágica prova de rua. Correr a mais famosa e popular prova do Brasil é diferente. Nem é pela distância percorrida (15 km), mas por toda a sua tradição.

Duas horas antes do início da prova nós já estávamos lá, esperando a hora da largada. Os cadeirantes e atletas com deficiência largaram primeiro, às 15h. Depois foi a vez da elite feminina, 17h, e finalmente a elite masculina e o pelotão geral, 17h30. 

A espera foi tensa, coberta de ansiedade e cansativa. A medida que ia chegando momento de largar, nós  ficávamos mais e mais emocionados. Olhávamos para os lados e víamos a multidão de gente pronta para dividir o mesmo espaço, correndo os 15 km. Era muita gente. Isso já demonstrava como era uma corrida diferenciada a que íamos fazer no dia 31/12/2011.

A Equipe X tinha umas bandeiras com o seu nome, num total de 10. Isso era para marcarmos nossa presença e, quem sabe, aparecermos diante das câmeras de TV. Alguns amigos me enxergaram , ou melhor, enxergaram o meu boné e a minha camisa na largada (RSS). Mas já valeu o registro. Nosso grupo tinha cerca de 30 pessoas.

Na espera, o calor castigava-nos mas no exato momento da largada começou a chover forte. Uma chuva gelada e pesada. Mas nada que nos desanimasse. Afinal, era hora de partirmos para nossa conquista pessoal: correr pela primeira vez uma São Silvestre!

E lá fomos nós, pontualmente às 17h30 o pelotão geral largou, todos motivados pela outra multidão, da galera que nos acompanhava pelo percurso. De cara, descendo o viaduto que dá acesso a Av. Paulista, depois de largamos do MASP, o pessoal gritava à medida que a gente passava pelo túnel. Uma vibração diferente que veio na forma de uma gritaria quase ensurdecedora do público e dos corredores, já mostrando como iria ser emocionante correr aquela prova.

Apesar de alguns amigos que já correram a São Silvestre terem me alertado que, pelo menos até o quilômetro cinco a gente não consegue correr bem, não foi bem isso que constatei. Na verdade, durante todos os 15 km tínhamos muita gente dividindo o espaço existente, o que dificultava o desenvolvimento das passadas. Nunca tive esta experiência, nem nas provas cariocas. Era muita gente aglomerada e no percurso todo e, em alguns pontos, as avenidas eram apertadas e a gente tinha que tomar cuidado para não atropelar outro corredor. 

Outro detalhe que inspirava cuidados era o asfalto molhado. Isso por que nas área pintadas, como as faixas, a possibilidade de escorregarmos era grande. A pista esta realmente um sebo e todo cuidado era pouco.

Depois da concentração inicial onde toda a Equipe estava junta, a turma foi se separando. Eu, Ivan e Aline havíamos combinado de corrermos juntos mas conseguimos isso só no início da prova. Logo fomos dispersando e Aline ficou com Juliana e Maurício. Eu e Ivan porém conseguimos cumprir a prova juntos, um "puxando" o outro pelo trajeto.

O novo percurso demonstrou ser tranqüilo. Já corri provas muito mais difíceis. A maior parte foi de descida, o que realmente tornou a prova bem mais rápida. A única grande subida foi a da Av. Brigadeiro, onde realmente a gente sente um pouco mais. Mas, como o fluxo de pessoas correndo e grande e, como falei, impede um pouco a gente de desenvolver nossas passadas, tínhamos energia de sobra guardada para a Brigadeiro, que já era no final da corrida.

Uma das experiências mais interessantes foi o apoio do público. Este foi outro grande e positivo diferencial de São Paulo. Mesmo com o temporal castigando a cidade, as pessoas não desistiram de nos apoiar. Vi gente encharcada de chuva lá, gritando palavras de incentivo para gente. Crianças estendiam as mãos para que nós a cumprimentássemos com um rápido. E elas comemoravam quando batíamos. E o outro apoio foi dos próprios corredores. Sempre vinha um e gritava “Tem alguém cansado aí?”. No que a massa de corredores respondia “Não!!!”.

No final, com um temporal caindo, chegamos, eu e Ivan, com 1h22 de prova. Depois de enfrentar o lamaçal que tomou conta do canteiro próximo ao Obelisco para pegarmos a medalha, juntamos alguns corredores e seguimos para o hotel para o reconfortante banho quente e para nos prepararmos para a festa da virada. E nós – eu, Aline, Sebastião e Ivan – resolvemos voltar em um trotinho para soltar a musculatura e não deixar o frio tomar conta do corpo. Idéia do Sebastião, aprovada por todos nós. Eram pouco mais de 2 km, nada que pudesse “quebrar-nos”.

Depois, conversas sobre a corrida e a alegre sensação de ter carimbado mais uma prova inesquecível no currículo, coroada por uma bela medalha. E ficou a vontade de fazer outras. Muitas outras. Mesmo com as muitas reclamações que vi de outros corredores, com certeza mais competitivos e tarimbados que eu, que reclamavam do atropelo da largada, da entrega dos kits, da mudança de percurso, do lamaceiro no final e até dos corredores fantasiados. Eu não vi nada disso. Minha única reclamação realmente foi o lameiro do final, que acreditava ser desnecessário. No mais, perfeito. Entrega dos kits rápida e tranquila, que contava ainda com uma feira, bastante água pelo percurso e isotônico servido em um saquinho facilitando a gente a beber. Enfim, de 0 a 10, 8 pelo menos. E com louvor.

Em tempo: a prova foi vencida pelo Etíope Tariku Bekele no masculino com 43min35s e o no feminino por Priscah Jeptoo, do Quênia (48min48s), recorde da prova. O pódio feminino e masculino foi todo formado por atletas africanos, do Quênia ou da Etiópia. Os melhores brasileiros foram Damião Ancelmo de Souza (44min53s) no masculino e Cruz Nonata da Silva no feminino (51mn59s). Marilson Gomes dos Santos, campeão de 2011 e brasileiro favorito neste ano ficou em 8º lugar no masculino, com o tempo de 45min06s. Todos os atletas destacaram a alta competitividade do terreno e o elevado nível técnico da corrida deste ano e todos gostaram da mudança do percurso, que o tornou mais rápido.

Boas passadas e Feliz 2012!