segunda-feira, 30 de julho de 2012

TÊNIS DE CORRIDA - DICAS PARA AMARRAR

E aí, Corredor?!

Este final de semana, no sábado, corri com alguns amigos da Equipe X. O percurso foi o da ciclovia de Água Claras/Park Way, aqui em Brasília, onde corri duas ou três vezes como treinamento para a Maratona este ano. Mas desta vez o objetivo era bem mais modesto: correr 50min, o que deu cerca de 11k de distância.

Mas o mais interessante deste dia não foi propriamente a corrida, mas a dica que meu amigo Ivanilson, corredor experiente e forte da Equipe X, deu. Ele viu um vídeo no site da Web Run que ensinava como amarrar um tênis para correr.

Você vai achar que eu estou maluco, por que, afinal de contas, todo mundo já está bem grandinho para saber como amarrar o tênis de corrida. Só que, segundo o instrutor, a maneira como ele ensina evita os problemas de unha, ou seja, perder ou machucar, algo tão comum de acontecer com nós corredores. 

Experimentei neste mesmo dia, e posso dizer que parece funcionar. O pé fica firme no calçado, sem ficar "sambando", e isso sem precisar amarrar tão apertado, não machucando nem unha nem pé.

Bom, a dica pode ser obtida no site da Web Run, que por sinal tem muitas dicas interessantes para nós, corredores. Basta clicar na opção vídeo na página inicial do site

O vídeo é este aqui:


Boas passadas.


Fonte: Web Run (http://webrun.uol.com.br)

quarta-feira, 25 de julho de 2012

A CORRIDA NOS JOGOS OLÍMPICOS DE LONDRES

E aí, Corredor?!

No dia 27 de julho próximo acontece no Estádio Olímpico de Londres a abertura do maior evento esportivo do planeta, as Olimpíadas.

Entre as modalidades olímpicas, o atletismo é a mas antiga. Foi o esporte que inaugurou os jogos da Grécia antiga, em 776 a.c., e segue sendo um dos mais importantes do evento, até por que é uma das modalidades que mais tem medalhas a disputar.

A grande força mundial é os Estados Unidos, mas na atualidade, a grande equipe é a da Jamaica, que tem o maior ídolo do esporte, Usain Bolt, recordista mundial dos 100m e 200m.

O Brasil já teve 6 medalhas conquistadas em jogos olímpicos na corrida: um ouro de Joaquim Cruz nos 800m, duas pratas, novamente com Joaquim Cruz nos 800m e com o revezamento 4X100m, e 3 bronzes com Robson Caetano, o 4X100m masculino e a Maratona, com Vanderlei Cordeiro de Lima, que era para ser ouro não fosse o escocês. O atletismo, considerando as outras modalidades, já ganhou um total de 14 medalhas nos jogos, superada apenas pelo Judô, Vela e Vôlei.

Este ano, o atletismo brasileiro vai estar presente em 16 modalidades, um feito já que conseguir o índice olímpico não é uma tarefa das mais fáceis.

Nossos maiores chances de medalha estão na Maratona, com Marilson dos Santos, que em 2011 foi o melhor "não africano" no ranking mundial e já fez 2h06 na prova. Seu tempo de classificação foi de 2h08.

Outra chance está com Fabiana Murer no salto com vara. Com dois títulos mundiais no currículo, Fabiana entra como favorita na modalidade, e pode até ganhar o ouro, cujo favoritismo e da russa Yelena Isinbayeva.

Maurren Maggi vai defender o seu ouro no salto em distância, mas este ano suas chances não são grandes. Ela acabou de sair de uma contusão, mas retornou às competições em bom nível, tendo a terceira melhor marca do ano, conquistada no GP de São Paulo (6,85m). Mas foram muitas contusões e cirurgias, que podem comprometer o seu desempenho.

Outra chance de medalha está nos 4X100m feminino, com a equipe formada por Rosângela Santos, Ana Claudia Lemos, Franciela Krasucki (ou Evelyn dos Santos) e Vanda Gomes. A prova promete já que os tempos do ano entre as equipes favoritas estão muito próximos.

O atletismo começa sua participação em Londres no dia 03 de agosto e termina no último dia dos jogos, 12, com a Maratona, a prova mais nobre da competição. As chances não são grandes, mas é preciso torcer. Record, na rede aberta, e ESPN e Sportv, no canal fechado, transmitem os jogos.

Boas passadas.

domingo, 22 de julho de 2012

TRAVESSIA DO EIXÃO, DESAFIO SUPERADO

Eixão, desafio vencido!
E aí, Corredor?!

Mais um desafio superado! A "Travessia do Eixão", meta que coloquei para vencer ano passado e que tentei, por duas vezes, finalmente foi conquistada. E foi hoje, domingo, 23 de julho.

O Eixão, na verdade Eixo Rodoviário, é uma grande avenida de Brasília, com seis faixas, que corta as duas asas da cidade - sul e norte. Aos domingos e feriados ela é fechada para lazer. E lá se encontram rollers, skatistas, ciclistas, caminhantes e, é claro, corredores.

A avenida é palco de algumas provas. Já corri lá três Meias Maratonas Internacionais da Caixa, Corrida do Advogado, dos Correios, 10 Milhas da Mizuno e da Puma, Maratona de Revezamento Pão de Açúcar, Volta do Lago Caixa. Apesar de ser um excelente espaço para realização de provas, hoje ela foi deixada meio de lado para a Esplanada dos Ministérios, onde acontecem grande parte corridas em Brasília.

Talvez um dos motivos seja a dificuldade do percurso. O Eixão, definitivamente, não é para os fracos. Nele, basicamente, ou você sobe ou desce. Não tem refresco mesmo. No Eixo sul, uma grande subida de praticamente 6 km, ou seja, toda a avenida. No Eixo Norte, subidas e descidas intensas.

Some-se a isso a paisagem monótona, as grandes retas e o imenso horizonte que possibilita que a gente, olhando para frente, consiga enxergar toda a dificuldade do percurso. O Eixão nos testa fisicamente e psicologicamente.

Mas hoje ele não foi páreo para minha determinação. Bem preparado, condicionamento adquirido nos treinos para a Maratona do Rio, sabia que poderia vencer este desafio, que me provocou ano passado. E consegui! 

Contei no trajeto com a grande parceria do meu amigo corredor Tião, que encarou o desafio junto comigo. E, é claro, correr com companhia é muito melhor. E ainda, no caminho encontramos Susete, nossa parceira maratonista, e depois Sergio, Grace e Thaís, que fizeram os 21k no Rio e hoje já haviam corrido uma prova de 2 km.

Saímos às 7h da manhã da altura da quadra 102/103 sul. Corremos rumo ao Eixo Norte, uma estratégia, já que as subidas do lado norte são mais intensas que as do sul. Assim, conseguimos encarar a primeira etapa sem problemas. Quando estávamos voltando e íamos passar pelo Buraco do Tatu, viaduto que divide os dois eixos, fomos barrados pela polícia, já que estavam limpando o Buraco. Tivemos que correr pela rodoviária. Nada demais, já que era domingo, dia de trânsito tranquilo.

E corremos, descendo o Eixo sul. Na altura da quadra 110, a gente avista um retão onde dá para ver tudo o que temos que correr. E isso afeta o psicológico demais, por que parece que a gente corre, corre, corre e não chega nunca. Foi complicado. 

E na volta, só subida. O Eixo sul se mostrou tão complicado quanto o norte por que ele tem uma subida mais branda, mas grande demais.  A gente sobe sem parar. Mas conseguimos superar e vencer o desafio, e bem, com folga. Claro que correr aqui foi até mais complicado que no Rio, mesmo lá a distância ter sido maior. Mas lá era uma prova, onde a adrenalina ajuda.

Fora isso, tem a questão do percurso do Eixão ser de subidas, a altitude, a secura. Na verdade, hoje os deuses olímpicos nos ajudaram por que o clima esta ameno, e chegamos a pegar até uma chuvinha curta. Ou seja, a secura não foi problema. No fim, terminamos o desafio em 2h36, pace médio de 5:32/km, distância de 28,3 km (achava que seria de 32k) de cone a cone*.
(* A avenida, nos domingos e feriados, é fechada com cones do Detran que delimitam até onde os carros podem seguir)

Enfim, desafio superado!





Boas passadas.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

MÚSICA PARA CORRER - ROOM FOR HAPPINES - KASKADE FEAT. SKYLAR GREY

E aí, Corredor?!

Mais uma música para o playlist de qualquer corredor. Música envolvente, alto astral, que dita um ritmo maneiro para qualquer treino. Room for Happiness, com Kaskade feat. Skylar Grey.

Aumenta o som !!!!


E boas passadas.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

POR QUE CORRER ?


E aí, corredor?!


Depois de corrermos uma prova que planejamos por um bom tempo, tipo "prova do ano", tem muita gente que acaba meio perdido, sem encontrar motivação para continuar a treinar ou a correr.

É um sentimento normal, que acontece com muitas pessoas. Outras, pelo contrário, se motivam mais ainda. Mas tem aquelas que ainda não encontraram o "clique" que motiva a correr, mesmo sem uma prova como meta num curto prazo.

Manter "o pique" no treinamento não é algo simples. Muitas pessoas, principalmente aquelas competitivas, tem na realização de provas uma forma de se manter motivado para treinar e correr. Mas quando as provas começam a rarear ou o corpo necessita de descanso não temos como usar este artifício como forma de continuar com essa motivação.

Tem ainda aqueles que atingem suas metas no esporte, já que o principal objetivo é estar sempre quebrando seus recordes pessoais de tempo. Então, quando as barreiras começam a se tornar difíceis e sua perfomance permanece a mesma e os objetivos vão se tornando  difíceis de serem alcançados,  a desmotivação pode acontecer.

Aconteceu comigo em 2009. Depois da Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro me vi sem a mesma "pegada" para treinar como no início do ano. Tinha uma meta em 2009 que era de correr os pouco mais de 21 km da prova em setembro, o que foi realizado e com êxito. Depois, na volta da cidade maravilhosa, "bateu" uma preguiça, uma falta de vontade de treinar.

Aí, por coincidência, li em uma das edições da Revista O2 sobre o tema da desmotivação, dando diversas dicas sobre como se manter motivado. 

E uma das formas é utilizar circuitos novos ou com terrenos diferentes para correr e/ou treinar.

Fiz isso. Corri, como já relatei também em post anterior, quase 19k em um circuito que não havia experimentado mas que estava querendo fazer há um tempo. E criei um novo "gás" para manter meus treinamentos e criar novos objetivos.

O desafio de correr ou de manter a prática regular de qualquer esporte está também em manter a motivação nesta sua prática. E a corrida tem um outro agravante, ser um esporte solitário, o que pode ser um impeditivo quando não temos ninguém para nos "empurrar" para nossas passadas.

Crie novos percursos, chame um amigo para correr junto, estabeleça como meta correr outra prova complicada, desafiadora em um prazo um pouco maior de tempo e procure diversificar os treinos, fazendo em terrenos diferenciados, como asfalto e grama, ou terra.

Chame sua equipe para fazer também um circuito diferente. E coloque como meta não o fator tempo, mas sim a distância, a possibilidade de conhecer novos locais para correr.

Por último, uma dica é fazer um diário de suas corridas, assim como eu faço o E AÍ, CORREDOR?! . Escreva sobre suas provas ou suas passadas para que outras possam também conhecer sua experiência.

Perder "o pique" jamais!

O vídeo veiculado pela Nike, feito na Human Race 2008, em São Paulo, quando foi perguntado para vários corredores por que eles correm, é uma forma de se descobrir ou de encontrar outro porquê para correr. Por isso, é claro, ele inicia este post.

Boas passadas.

P.S.: Post publicado originalmente em 16/10/2009.

sábado, 14 de julho de 2012

MÚSICA PARA CORRER - A ESTRADA - TITÃS

E aí, Corredor?!


Esta música fez parte da minha seleção musical, o famoso playlist, da Maratona Caixa do Rio de Janeiro. A Estrada, da banda paulista Titãs. Em um momento da prova de realização, lá pelos 34 km corridos e eu me sentindo inteiro e realizado com a prova que estava fazendo, veio ela.


Os versos da música falaram tudo da prova. Olha só:


A Estrada - Titãs


Estou na estrada / Ou a estrada é que está em mim
Tenho pressa / Será que a estrada é que não tem fim
Em cada curva uma vontade / Em cada reta uma ilusão
Se eu queria uma resposta / Só encontro interrogação
O tempo passa / Ou será que quem passou fui eu
Vou em frente / Não conheço outra direção
Se estou sozinho não é meu destino / Se estou perdido sinto a solidão
Se estou sozinho não é por acaso / Se estou perdido entrei na contra-mão
Ela não acaba / Quando chego em casa
Estou na estrada / Ou essa estrada passa onde estou
Tenho pressa / Não interessa até aonde eu vou
O tempo passa / Ou foi o vento que passou então
Vou em frente / Aonde foi que eu perdi o chão


Fala sério! A gente correndo uma maratona e estes versos chegam para gente no meio de um playlist de quase 200 músicas. É ou não é para ficar na história e na memória. Virou minha música símbolo da Maratona. E fica aí o clip e a sugestão para o seu playist.



Boas passadas

terça-feira, 10 de julho de 2012

AMIGOS NA MARATONA DO RIO

E aí, Corredor?!

Não dá para falar da Maratona do Rio de Janeiro sem mencionar o feito de cada um dos meus 54 amigos corredores que estiveram conosco, apoiando cada passada dos mais de 42k da prova. Corredores da Family Run, Meia Maratona e Maratona, todos ficamos unidos e torcendo um pelo outro.

Queria falar de todos, mas vou me prender a alguns dos que fizeram a Maratona, companheiros de meses de treino pesado, importante e incomparável ministrado pelo grande amigo e professor Nirley. Corri pensando em como estaria cada um deles na prova. Ivan, focado e disciplinado em sua sonhada e ansiosamente desejada estréia. Tião, guerreiro e companheiro de pacer, assim como Edu, que só não correu junto comigo os 33k. Edna e Susete, as meninas do grupo. Cássio e Orion, os "ausentes" mais que presentes em nossos treinos. Paulinho, grande parceiro e motivador ("Alarga essa passada!"). Chamon, nosso disciplinador nos treinos. Ivanilson, o "Papa-Légua".

Cada um teve uma história na prova, cada qual passou por seu momento, mas todos mudaram de alguma forma após cruzar a linha de chegada, tenho certeza.

Alguns fizeram seus relatos, e transmito aqui, com carinho, por que merecem o registro:

Paulinho

"Ontem, 08 de julho de 2012 (jamais esquecerei esse dia), fiz minha primeira Maratona. Corri os inesquecíveis 42.195 metros na Cidade Maravilhosa. A Corrida foi muito especial. Foram meses de treinos, dedicação e disciplina. E de quebra, nesse período, despachei seis quilos e seis unhas, também, além de ter domado o colesterol. Fiquei negão de tanto correr no sol.

Agradeço a todos os que torceram por mim e me deram forças para eu conseguir esse objetivo tão sonhado. Agradeço, também, aos amigos corredores da Equipe X, além dos treinadores/educadores Nirley e Eduardo, que compartilharam comigo treinos, objetivo e muita risada. Foram bons momentos em excelente companhia. 
A corrida é o que mais me aproxima de Deus: é meditação, prazer e relaxamento. E o meu tênis é o meu cachorro - fiel e inseparável."

Susete
"Consegui, consegui! 

Foi uma emoção cruzar a linha de chegada. Fiquei emocionada e maravilhada de presenciar tantas cenas de superação, de apoio das pessoas debaixo de chuva a nos saudar. Cenas de solidariedade, de amizade, de incentivo quando as forças pareciam esgotar. Agradeço de coração aos amigos da Equipe X."


Eduardo

"Comecei correndo minha primeira maratona bem com meu parceiro Caique, apesar da ansiedade e nervosismo do início. Estávamos no ritmo um pouco acima do que havíamos treinado. Passando várias pessoas, dentre elas índio, homem arvore, pessoas descalças... continuamos nesse ritmo até 16km, depois diminui o ritmo para o meu normal(pace 5:20), no começo da Barra da Tijuca perdi o Caique de vista. 

Um pouco depois dos 21km comecei a sentir dor no tendão de aquiles, diminui um pouco o ritmo e a dor passou! Corri bem em São Conrado, mas na subida da Niemayer vieram dores de cãimbra. No km 28, de uma hora para outra, veio a cãimbra forte na coxa direita, me encostei num muro de pedras e um gringo me auxiliou alongando a minha perna ... depois disso manquei um tempo, caminhava, corria, depois quando sentia que ia vir a cãimbra eu caminhava e quando passava, corria de novo. Ainda faltavam 14km, tinha que encará-los de qualquer jeito! Como na camiseta havia meu nome, muitas pessoas passavam por mim me incentivando: 'Vamos, Eduardo, não desiste!' 

Depois disso, todos que eu havia passado estavam me passando, escutei o chocalho do índio vindo atrás de mim e nem acreditei! rs... faltando 3km, veio uma cãimbra mais forte que a outra, um outro cara me acompanhou correndo e caminhando enquanto eu superava os meus limites! No ultimo km ele me estimulou a correr para chegarmos bonito, depois da chegada veio mais cãimbra! Mas a emoção de ter completado os 42,195 km e encontrar a Samille na chegada superou tudo! Ela me abraçou forte, chorou comigo e colocou a medalha no meu peito toda orgulhosa! 

Dessa experiência, além do aprendizado, eu levo essa frase: 'A dor é passageira, desistir é para sempre!'"

Valeu, amigos! Correr com vocês é bom demais!!!!

Boas passadas.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

CORRI MINHA 2ª MARATONA

E aí, Corredor?!

Os três meses de preparação intensa, 6 meses se contarmos o tempo que pensamos em nos preparar para a Maratona do Rio de Janeiro, valeram à pena! Encarei a Maratona carioca muito bem, assim como todos os amigos da Equipe X que conseguiram completar esta difícil prova.

A Maratona Caixa da Cidade do Rio de Janeiro começou para nós às 5h da manhã. Saímos por volta de 5h30 para o local da largada, tantos os maratonistas como os meia maratonistas. As largadas eram às 7h30 e 7h, respectivamente, e no Recreio e Barra, um pouco longe de onde estávamos. Daí a necessidade de sairmos tão cedo. E isso se mostrou importante já que o trânsito estava intenso. A galera da meia maratona chegou com 10 minutos de atraso, mesmo tendo saído tão cedo.

Nós, maratonistas, chegamos com 40 minutos de antecedência. Estávamos lá: Orion e seu irmão, Susete, Chamon, Eduardo, Ivan, Ivanilson, Tião, Paulinho, Edna e Gabriel, Cássio e eu (Caique). Cada um desejando sorte para o outro. Afinal, dividimos nos 6 meses anteriores nosso tempo, principalmente nos últimos 3 meses, em corridas longos pelas ruas de Brasília. Não fosse a força do grupo, acho que não conseguiríamos ter treinando tão disciplinadamente.

Era uma manhã fria de inverno no Rio. O sol, que estava constante até o sábado, desapareceu justamente no domingo, o que não foi de todo ruim por que pudemos correr com o tempo fresco, sem sentir os efeitos da intensa umidade carioca.

Dada a largada, corremos próximos uns 200 metros. Depois, era cada um usando de sua estratégia. Ivanilson logo "rasgou" à frente, sumindo das nossas vistas. Logo depois foi a vez de Tião e Ivan. Eu e Edu, assim como nos treinos, permanecemos juntos, correndo num ritmo cadenciado, de 4:40min/km.

Passamos o Recreio e a praia da Reserva assim, com um puxando o outro quando parecia que íamos ficar. No meio da Barra, depois de um posto de água, Edu começou a ficar. Esperei um pouco, olhei para trás e vi que ele estava bem, mas tinha reduzido o ritmo. Resolvi continuar com o meu, certo de que mais à frente ele chegaria junto de novo e até me passaria. Mas não foi assim, e daí por diante, segui a Maratona toda sozinho mesmo.

Aumentei o som e fui indo. Depois de completados os 21k (uma meia maratona), avistei Ivanilson bem ao longe, já subindo no Elevado do Joá. Não estava tão perto e não caí na armadilha de querer forçar para chegar junto do grande amigo por que isso poderia comprometer minha prova. Afinal, faltavam ainda 21k para correr.

Depois de deixar para trás o Joá e São Conrado era a hora de encarar a temida subida da Av. Niemayer. Foi ali que comecei a sentir as dores na panturrilha na minha primeira Maratona. Relembrei tudo que senti e dosei bastante na subida. Mas estava muito bem, e ainda inteiro.

Passei pelo 30º km tranquilo, com minhas primeiras passadas no Leblon. Faltava, ali, cerca de 12 km para a Aterro do Flamengo e a chegada. Superei a Niemayer muito bem e agora o terreno era basicamente plano. nada de descidas para nos "empurrar" nem subidas para "segurar". Era a gente com nossa força física mental apenas.

Já em Copacabana vi Tião, andando um pouco. Tinha parado para tomar água. Chamei-o para me acompanhar e ele veio. Seguia no meu ritmo, que a esta altura estava a 5min/km. Tião, que sentia um pouco de dor, resolveu segurar para chegar bem. Logo depois alcancei Ivanilson, que estava mais cheio de dores que Tião. Mas, forte como ele é, permanecia correndo, obstinado.

Depois do 2º túnel estava em Botafogo e já avistava o Aterro. Não consegui me conter e acelerei um pouco o ritmo. Nem olhava mais para o relógio. Estava querendo chegar e percebia que estava inteiro, disposto.

Cruzei a chegada com 3h41min, tempo bem melhor que o da minha primeira maratona, de 4h11, quando quase quebrei. E estava inteiro, o que me deixou muito contente. Depois, foi esperar os companheiros para a confraternização. Chegou Tião, Ivanilson, Cássio. Depois, juntou-se a nós o Ivan, primeiro a chegar. Nosso amigo fez a prova em 3h27min, e mostrou que valeu a pena toda a sua determinação dos últimos meses. Ivan correu bem demais.

Cássio chegou e, chorando, abraçou a todos os que o esperavam (eu, Aline, Tião e Ivanilson). Choro que vi antes, de um cara aos prantos, feliz por ter chegado. Fui dar uma força e pude perceber ali toda a magia que é correr e superar uma maratona. Ali e no Cássio, feliz e também chorando, me abraçando. Em Ivanilson, um corredor top de nossa equipe, dizendo que aquilo não era de gente. Da cara de realização de Ivan pelo excelente tempo feito. E de saber de todos que chegaram, entre eles Paulinho, que mesmo com dores fortes cruzou em 3h55 a linha de chegada feliz demais !!!! 

E Dudu e Chamon, grandes amigos. Saibam que a superação de vocês foi até maior que a nossa, por que vocês, mesmo com dor, cruzaram a linha de chegada e não desistiram. Isso é ter força de vontade e garra também. 


Às mulheres, Edna e Susete, as mulheres da Equipe X que completarem a Maratona, meus parabéns de verdade. Guerreiras, fizeram bonito em todos os treinos. São exemplos de determinação.


Foi bom demais. E melhor ainda será ouvir as histórias de cada um sobre a sua prova. Cada um tendo uma história para contar e um momento particular para partilhar.

Fica, hoje, meio que uma tristeza depois de tanto extâse. E uma prova que provoca isso. O final de semana intenso com os amigos, culminando na realização da maratona ou meia maratona ou mesmo 6k, deixou-nos mais que felizes. E voltar à realidade, à rotina não é fácil. Pelo menos para mim, que completei um prova onde a superação é intensa e a gente fica querendo que tudo seja diferente.

Agora é programar outra prova para manter o pique. 

Valeu pela força de cada um, pela energia positiva, pelo carinho. Valeu, grande Pai, Deus, que me deu essa oportunidade e saúde para chegar lá e conseguir fazer isso, correr uma Maratona. Valeu aos treinador, Nirley, pelo treino espetacular que me fez fazer 42,195k como se estivesse correndo 10k. Valeu aos amigos, maratonas, que me acompanharam nestes tantos finais de semana motivando e a todos os amigos da Equipe X. Correr com esta turma é muito bom.

Boas passadas.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

FIM DOS TREINOS. DOMINGO É CORRER 42K

E aí, Corredor?!

Último dia de treino. Agora é encarar a prova. Cinco meses depois de encarar o primeiro longão objetivando a Maratona Internacional Caixa Cidade do Rio de Janeiro terminamos os treinamentos e amanhã, rumo à cidade maravilhosa.

A preparação não foi só minha, mas de todos vocês, que me "aguentaram" no blog ou pessoalmente, só falando deste dia 08 de julho. Estou ansioso. Nem parece a minha segunda maratona. Mas é que, diferentemente da primeira, nesta me preparei e me sinto pronto para fazer os 42,195k e terminá-los bem. Mas o que seria mais um motivo para tranquilidade virou de tensão por que ficamos sempre com "a pulga atrás da orelha" depois de tantos "sacrifícios".

Estaremos lá, companheiros de Equipe X, que vai estar espalhada com corredores nas três provas do evento: Family Run (6k), Meia Maratona (21k) e Maratona. Levaremos um número recorde de inscritos para a Maratona e, se fiz parte da história da Equipe ao estar no grupo dos primeiros maratonistas da Equipe em 2010, este ano estarei com um grupo grande.

De um total de 55 corredores da Equipe X rumo ao Rio, seremos 11 na Maratona: Cássio, Ivan, Ivanilson, Tião, Eduardo, Paulinho, Orion, Chamon, eu (Caique) e as mulheres Edna e Susete. E, afora Cássio e Orion, dividimos estes pelo menos 3 ultimos meses encarando o duro, mas excelente treino do Nirley, que nos preparou para vencermos bem o desafio.

E que venha a largada, as subidas do Joá e da Niemayer, os longos retões de Ipanema, Copacabana, Recreio, Reserva, Barra, Copacabana e a ansiedade de chegar ao aterro e enxergar de longe a chegada. 

Domingo conto tudo para vocês.

Boas passadas.

terça-feira, 3 de julho de 2012

PASSEIO PELO PALCO DA MARATONA DO RIO

E aí, Corredor?!

Faltam 5 dias ! O tempo voou para gente que está treinando forte para a Maratona Internacional Caixa Cidade do Rio de Janeiro. Quer dizer, voou até semana passada, por que esta semana, por conta da ansiedade do dia chegar, tá passando lentamente.

Hoje, nada de textos longos. Que tal um passeio por algum dos pontos da nossa prova? Achei alguma fotos que retratam isso. Siga no Facebook da "Maratona do Rio":

Conhecida popularmente como "Praia da Macumba", a Praia do Pontal de Sernambetiba, estende-se do Pontal até o Canal de Sernambetiba e faz parte do Recreio dos Bandeirantes.

O nome popular veio por ali ser local em que adeptos de religiões como Umbanda e Candomblé tinham o hábito fazer suas oferendas à Iemanjá e orixá. 

E é aqui que acontece a largada na Maratona. 7h30 todo mundo lá para começar a dar suas passadas rumo ao Aterro do Flamengo.


Depois do Recreio dos Bandeirantes e do Praia da Reserva encontramos a Barra da Tijuca, a praia mais frequentada da zona oeste do Rio de Janeiro. 

Na prova, um dos pontos altos da paisagem é a Pedra da Gávea, que fica no morro que divisa a zona oeste da zona sul. Depois é São Conrado.




A galera da Meia Maratona larga mais ou menos da Praia do Pepê. E nós, da Maratona, já teremos rodado 21k quando passarmos deste ponto. 

A praia do Pepê tem este nome em homenagem ao campeão mundial de asa delta Pepê.  Este local é um trecho da praia da Barra entre o quebra mar até mais ou menos a barraca de sanduíche natural do falecido Pepê



No Elevado do Joá é que temos uma vista incrível da Praia de São Conrado e, dependendo do dia, se estiver mais limpo dá até para enxergar um pouco de Copacabana, de repente. 

No Joá temos um túnel onde a organização sempre prepara surpresas. DJs e laser com imagens de corredores correndo e chegando ao fim da prova para motivar.

É aqui que encaramos nossa primeira subida, esta mais leve. O cuidado aqui é com o terreno, inclinado demais, o que pode ter reflexo mais à frente, depois do "muro" dos 30.


Depois de São Conrado encaramos nossa mais dura travessia: a Av. Niemayer. Muita gente não sente nada ali, mas temos aqui uma subida de mais ou menos 2 km. E é nesse ponto que temos o "muro" dos 30 km. 

Se chegar bem aqui e passar maneiro, sinal de conseguir fechar num tempo bom a Maratona. 

Cuidado não só com a subida mas principalmente com a descida. Jogue o calcanhar na frente e vá com calma. Aqui, a panturrilha e o joelho são bastante exigidos.



Sinta o drama de uma parte da subida da Niemayer. Tranquilo. Na minha Maratona de 2010, passei forte aqui e, na descida, já no Leblon, comecei a sentir as dores na panturrilha que quase me quebraram.






Copacabana . . . falta pouquinho para o fim da prova. A mais famosa praia carioca é o alívio do corredor que está inteiro. No final, já teremos percorrido pelo menos 38 km. Tá chegando e faltando pouco mesmo. Daí é encarar Botafogo e chegar no Aterro para o abraço.





Aterro do Flamengo, principal palco das corrida no Rio de Janeiro. Aqui termina a Maratona e aqui completamos nosso desafio. Se faltarem 2 km e estivermos bem, é jogar mais força nas pernas e terminar com um sprint para sair bonito na foto.


E finalmente, o que mais queremos ver, o pórtico da chegada. 42,195 km completados. Com certeza, uma superação para qualquer atleta, mesmo o mais condicionado. Depois, é pegar a medalha e cair num extâse total. 

 Boas passadas.


Fonte: Facebook Maratona do Rio



domingo, 1 de julho de 2012

AGORA É A MARATONA

E aí, Corredor?!

Esperei a Espanha ser bi-campeã eroupéia - na verdade ela é tri - para poder fazer este post. Então, vamos lá: 4 X 0 contra uma seleção dita como a melhor defesa do mundo foi show! Ainda mais se lembrarmos que o antigo técnico desta seleção, Guardiola, disse ter se inspirado na seleção braileira de 1982, que perdeu o título mundial para esta itália, retranqueira. E daí, para mim, o futebol brasileiro resolveu mudar . . . para pior.

Mas vamos falar do meu esporte, a corrida. Hoje foi dia do último longão preparatório para a Maratona Internacional Caixa Cidade do Rio de Janeiro. A proposta era correr "apenas" 15 km. Apenas por que para nós, que estamos treinando desde abril para a prova, 15k ficou mais tranquilo fazer. Corremos pelo menos 21k nestes finais de semana, nada menos que isso.

O percurso, no Lago Norte, se mostrou desafiador. Descidas e subidas constantes. Nada de monotonia. Uma variação incrível onde o psicológico tinha que ser bem trabalhado. Um sobe e desce constante, uma variação de terreno intensa. Interessante.

Interessante por que nós conseguimos fazer bem. Erámos eu (Caique), Ivan, Ivanilson e Eduardo como maratonistas. Sérgio, Grace, Thaís, Rafael, Tião, Gislene, Samillle, Marco, Liliane e o amigo da Samille e do Edu (desculpem por eu não lembrar o nome) na meia, além do primo e irmão do Sérgio correndo como meia maratonistas (galera, se faltou um nome, me desculpem).

Saímos da QI 9 e descemos para o Clube do Congresso para depois subir até a QI 6 e voltar. Total de 15k. "Tempo Run", ou seja, tempo que vai correr a prova do Rio. Nós, "maratonas", tínhamos que fazer com ritmo de pouco mais de 5min/km. E lá fomos nós.

Na virada dos 8k, mais ou menos, ficamos felizes de ver o Sérgio chegando em nós. Ele está treinando para a Meia Maratona e, de repente, resolveu correr junto conosco. Como saímos bem à frente, foi legal ver o esforço do Sérgio, que há pouco tempo corria 5k no sacrifício. E ele nos acompanhou até o final dos 15k.

O chamado "tempo run" foi de ritmo de 5:20min/km. Mais ou menos, mais para menos, do que pretendo para a Maratona. E corremos bem. Tanto que depois de um tiro no quilômetro final, eu e Ivanilson, e mais o Ivan - que teve a idéia - resolvemos correr mais. E nosso treino acabou em 18 km.

Agora são os 42,195 km da Maratona. Não tem mais teste. É a prova! Para nós ou a galera que resolveu correr a meia maratona a próxima prova é a oficial, a prova do ano, a Meia Maratona Caixa Cidade do Rio de Janeiro.

Dia 08/07, dia da Maratona, próximo domingão. 

Boas passadas.