quinta-feira, 18 de abril de 2013

CORREDORES DE LUTO

E aí, Corredor?!

Onde só existia alegria ficou a tristeza
Os corredores de todas as modalidades estão de luto. O atentado ocorrido nesta segunda-feira, dia 15 de abril, na Maratona de Boston trouxe a tona a fragilidade que o mundo vive hoje diante de atos terroristas. E nós, esportistas, que estamos lá apenas pelo prazer nos vemos intimidados na nossa tentativa de praticar nosso esporte, amedrontados que ficamos diante de tal barbárie.

A Maratona de Boston é a mais tradicional e mais antiga prova da modalidade do mundo. Ela existe a 117 anos, sempre sendo disputada na terceira segunda-feira de abril, quando é comemorado o Dia do Patriota nos EUA. A prova é uma das Top Five, cinco maratonas consideradas as principais do Mundo - além dela temos a de Nova York e Chicago também nos EUA e a de Berlim (Alemanha) e Londres (Inglaterra).

Por todas estas características, a Maratona de Boston atrai milhares de interessados. Corredores do mundo inteiro participam da prova. E o público que acompanha pelo percurso, incentivando os corredores, também é enorme.

Eram mais de 25 mil corredores disputando os 42,195 km da prova, sendo que 131 deles eram brasileiros. Com 4h09 de corrida, na linha de chegada, uma bomba, de fabricação caseira (pólvora colocada numa panela de pressão recheada de pregos), estourou deixando centenas de feridos e 3 mortos, entre eles uma criança de apenas oito anos de idade.

Uma das explosões foi próxima à chegada e num momento em
que muitos corredores estão completando a prova
Três explosões aconteceram no total. Os brasileiros que participavam da prova relataram, para as várias agências de notícias do país, o desespero e a comoção que tomou conta de todos, nada da alegria que sempre faz parte das corridas de rua.

A partir do momento das explosões, a prova foi suspensa. Somente concluiu a maratona quem cruzou a linha de chegada antes do atentado. Todos os eventos relacionados à maratona foram suspensos – cerimônia de premiação, festa e entrevistas coletivas, entre outros. 

Pelo que deu para perceber, os mais afetados pelas explosões foram os torcedores, que lotaram as ruas de Boston pelo percurso todo da prova, motivando os corredores com gritos de incentivo e oferecendo copos d'água e que não mereciam ver este final para esta edição da Maratona.

O vencedor da prova foi o etíope Lelisa Desisa, com  2:10:23, seguido pelo queniano Micah Cogo (2:10:27) e o também etíope Gebre Gebremariam (2:10:28). No feminino, o Quênia manteve a hegemonia, com o primeiro lugar de Rita Jeptoo (2:26:55). Na segunda POSIÇÃO, a etíope Meseret Hailu (2:26:58) e em terceiro, Sharon Cherop, do Quênia, com 2:27:01.

O pequeno Martin segura um cartaz pedindo para que não
maltratem as pessoas, pedindo paz
Mas infelizmente esta Maratona de Boston não será lembrada, como todas as outras, por mais esta vitória de corredores africanos, nem pela alegria dos corredores e do público. 

O que ficou para a história foi a imagem das explosões e a lembrança do menino Martin Richard, vítima mais que inocente do atentado. Ficou também o medo de novos ataques nas provas que ainda estão para acontecer pelo mundo.

E fica no ar a pergunta: por que?

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