quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

CORRER É SE SUPERAR SEMPRE

Aline em outro dos nossos treinos na
ciclovia de Águas Claras, em Brasília

E aí Corredor?!

Correr é realmente um desafio, mesmo que seja um simples treino, sem a adrenalina de uma prova ou a busca por tempo. Cada corrida é uma história diferente. Tudo depende do seu momento, dos seus objetivos, do seu astral.

No domingo, dia 16, fui, eu e minha namorada, fazer um treino, já que temos um objetivo “prazeroso” neste início de ano, a Meia Maratona de Nova York. Nossa proposta era correr por 1h sem parar e o percurso escolhido foi um pedaço, de 3,9 Km, da Ciclovia do Park Way de Águas Claras, palco de tantos treinos que já fizemos. O trecho escolhido foi o mais plano possível da ciclovia, tudo para evitar que “quebrássemos” pela preguiça ou pelo psicológico.

E, como desde o ano passado minha corrida tem sido prejudicada por um esporão, a corrida virou um desafio muito mais intenso para mim nos últimos meses. Muito mais pelo psicológico do que pelo fator físico.

Tá, dói um pouco ainda, principalmente no começo, com o corpo frio. E isso  com certeza implica nesta minha luta psicológica. Já tinha superado essa “guerra” com o meu sabotador maior, o psicológico, que detonava mais ainda minhas provas, tornando a corrida mais complicada do que realmente deveria ser.  Mas, com o esporão, tudo voltou, por que a minha conversa agora é com meu calcanhar e a preocupação com a piora da lesão, mesmo já tendo sido devidamente medicado e treinar orientado por um profissional.

Domingo foi assim. E, com o dia nublado de domingo, depois de várias semanas de calor intenso, implicou em uma certa preguiça de treinar. Fora isso ainda teve o término do horário de verão, que afeta nosso “relógio biológico”. Acabou que começamos nosso treino por volta de 9h15 da manhã. Daí, para começar a correr foi sem aquecimento, o que devo evitar por conta do esporão. Por isso, optamos por um trotinho bem leve, correndo a 6:30min/km. Só que o início foi difícil, por que o tornozelo “gritava”. Mas o melhor foi perceber que rapidamente o corpo esquentou e a dor diminuiu. Mas a maior provação ainda estava por vir: a “batalha” psicológica.

Logo nosso pace médio aumentou e no final, girou em torno de 6min/km-5:40min/km. Mas, como nossa proposta era cumprir o tempo, nem deu para correr 10K, distância que só corri este ano na Corrida de Reis, em janeiro. Fechamos 9k, bem distante dos 21k da Meia Maratona. Mas ficamos 1h correndo sem parar, mais ou menos no ritmo que queremos curtir em Nova York, o que nos deixou satisfeito, principalmente por que a já falada “guerra” psicológica foi travada quase todo o tempo de treino.

Lutamos contra o psicológico a maior parte da nossa corrida, creio que principalmente eu. Esse lance de correr em um mesmo percurso, dando mais de uma volta, não é algo simples. Só conheço um amigo que faz isso tranquilo, Paulinho, que consegue, em percursos pequenos, ficar até mesmo 2h correndo. Mas é uma provação mental. Você fica sabendo da dificuldade do percurso e da falta de novidade na paisagem. A concentração e tensão é total o tempo todo. E no meu caso ainda tinha a “conversa” constante com o esporão, no início mais intensa e depois bem mais tranquila até do que eu esperava.

Mas corremos bem e terminamos satisfeitos, como sempre as nossas corridas proporcionam. Foi prazer total, presenteado, no final, por uma chuva forte que nos “lavou” no nosso alongamento, ao final  da corrida. E o melhor para mim foi constatar que todo o trabalho de alongamento que tenho feito para o exporão, em uma série passada pelo fisioterapeuta, parece estar dando certo. A dor é menor, e mesmo depois não aumenta. Isso me deixou mais feliz ainda.

Aliás, aí esta a magia da corrida, a superação que ela proporciona e o prazer que, mesmo que por pouco tempo, a gente tem como resultado final. O desafio é completo, de levantar e sair do comodismo, vestir o equipamento, começar a dar nossas passadas e mantê-las, mesmo com todas os contratempos reais e mentais.

E que venha mais uma meia maratona internacional.

Boas passadas!

4 comentários:

ivana. disse...

Corrida É VIDA ! Excelente post.

Marianna disse...

Que legal! Tenho experimentado essa grande satisfação que a corrida tem me proporcionado. Corro há pouco tempo (desde Janeiro), e vejo benefícios significativo: superação, perda de peso, melhora no sono, ânimo, mais prazer em viver. Viva a corrida!

Caique disse...

E aí, Corredoras?!
Correr é bom demais mesmo. Superamso desafios e seguimos em frente a cada passada. E o melhor é a quantidade de amigos que fazemos.
Valeu pelas considerações meninas e...
Boas passadas?!

Sérgio Bruno Aguiar Ursulino disse...

A próxima edição está chegando!!!!!