segunda-feira, 2 de maio de 2011

VOLTA DA ILHA - A CORRIDA - PARTE 1

E aí, corredor?!

Uma prova de revezamento de 150k que dá a volta pela paradisíaca ilha de Florianópolis, cidade que é capital de Santa Catarina, com trechos nos mais diversos tipos de terreno: praias, asfalto, calçamentos, trilhas, grandes morros.

Assim é a Volta da Ilha, que este ano brindou os atletas também com uma variação climática incrível. Ao invés da chuva dos últimos anos, tivemos sol forte no início, tempo nublado na parte da tarde e à noite, chuva fria com ventos fortes.

São 22 Posto de troca durante o percurso e as equipes podem ser formas por até 12 atletas. Elas ficam dividas em várias categorias. Temos elite e não elite. Nós, da Equipe X, entramos com uma equipe competitiva - veteranos 40 ou mais e com a nossa equipe "festiva", participação A, ambas com doze atletas e um reserva, caso alguém "quebrasse".

Eu, como mencionado antes, participei da Equipe X "festiva" e, para minha surpresa, ainda fui o capitão, nomeado pelo amigo e treinador Nirley. 

Começamos a correr às 06:45 da manhã com Maria abrindo os primeiro 7k da prova. Já neste ponto vimos uma preocupação. Como a prova acontece o dia inteiro e percorre a ilha inteira, é impossível para organização fechar o trânsito por que pararia a cidade, já que são várias equipes largando em horários diferentes. Assim, em todos os pontos a não ser aqueles que corríamos na praia, dividíamos espaço com os carros, inclusive em alguns pontos onde não existia acostamento. Uma convivência nem sempre tranquila.

A sinalização do percurso existia em alguns pontos, com cones marcando o caminho e tentando proteger os atletas. Mas em grande parte, o referencial do caminho eram os atletas que corriam juntos. Recebemos um detalhado caderno contendo cada detalhe do circuito, o que foi importante. Mas visualizar no papel e correr é diferente.

Tudo bem que nos pontos de encruzilhada, pessoas com camisas da organização indicavam o local exato que o atleta e os carros de apoio deveriam seguir. E em outros pontos mais críticos, como a Praia da Joaquina e o Morro do Sertão tínhamos postos de água e orientação. Mas existiam locais que a distância entre um atleta e outro era tanta e não tinha ninguém para indicar nada que podia dar um certo desespero no atleta, apesar de ser tudo muito intuitivo mesmo, sem muitas dificuldades para entendermos o caminho certo.

Outra preocupação é o temido Morro do Sertão. Maior trecho da prova, um desafio de 15k em que o atleta sai da praia para subir um morro com elevações mais do que intensas. E não existe nenhuma sinalização no morro. É tranquilo por que tem uma pista larga, trilha de carros. Mas há alguns cruzamentos que podem bagunçar a identificação. E muita gente pega o Morro à noite, e nele não há luz nenhuma. E o pior é que justamente nele começou a chover, tornando a pista escorregadia.

Na verdade, tudo isso é um tempero a mais para tornar a prova mais mágica. É claro que, isso, depois de termos superado o desafio. Traz aquela adrenalina incrível que uma prova de aventura proporciona.

Terminamos a prova às 19h53, com uma noite chuvosa e fria, na avenida beira-mar onde tudo começou, com uma festa com direito a DJ e fotos. Fizemos uma festa, por que a superação de cada um foi incrível, um sentimento que é igual para todas as equipes.

Durante o trajeto, a gente acaba conhecendo pessoas de outras equipes, que encontramos nos postos de troca, e, no final, ficamos tão amigos que queremos saber como eles foram e coisa e tal. E ficamos tristes por saber que equipes não conseguiriam sequer fechar sua participação, por que, entendemos, a luta e a garra para superar os 150k é incrível em todas as equipes e nesta prova, não existe principiantes. Só gente bem preparada mesmo.

Bom, o kit, pela grandeza do evento, foi bem fraco. Um boné, bonitinho, e uma camiseta da Asics, muito estranha. Um corte feio, com uma gola meio canoa, que não caía bem no corpo de ninguém. Pelo nome da fabricante e pelo referencial que é o evento, deveria ser bem mais interessante.

Água e isotônico em alguns pontos, já que cada equipe tinha a responsabilidade de dar apoio aos seus atletas. Em um posto de troca tinha massagista também, na Praia da Joaquina. 

Mas valeu, por que é uma prova difícil e termos superado os 150k, fazendo as trocas em todos os postos no prazo previsto, antes de seu fechamento, foi sensacional. Nunca vou esquecer de cada momento dos nossos atletas: a chegada de cada um nos posto de troca, correndo mais e mais para passar a tempo o chip, a superação em cada circuito, o apoio em cada ponto. Inesquecível.

Boas passadas.

Um excelente evento, uma excelente prova. Gostei demais.

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