terça-feira, 14 de agosto de 2012

E O BRASIL NAS OLIMPÍADAS?


E aí, Corredor?!

Domingo, dia 12 de agosto, terminaram os jogos de Londres. E a participação brasileira se resumiu a 17 medalhas no total, o que resultou no melhor resultado brasileiro em quantidade de medalhas.

Todas as medalhas, é claro, tem muito valor, seja ela ouro, prata ou bronze. A dificuldade que cada atleta passa para chegar ali, principalmente em um país onde o apoio é restrito, torna o feito heróico.

Mas podia ser melhor. Se nossos favoritos não caíssem, poderia ser melhor.

O atletismo teve para mim a maior decepção. Ver Fabiana Murer simplesmente desistir de saltar e ser desclassificada nas eliminatórias foi, no mínimo, vergonhoso. Ainda mais depois que outra atleta, com as mesmas condições que ela, saltou. Fabiana era a nossa maior esperança de medalha na modalidade e ver sua participação resumida a um salto foi chato.

Depois, tivemos Diego Hipólito. Mais uma vez ele caiu no solo, mesmo sendo um grande favorito. Mais uma vez ele amarelou em uma olímpiada. Mas pelo menos tentou e reconheceu o erro. Ainda bem que Arthur Zanetti nos brindou com um ouro inédito.

No judô, tivemos o maior número de conquitas: 3 bronzes e 1 ouro. Mas também tivemos decepções. Leandro Grileiro e Tiago Camilo não conseguiram nada, mesmo sendo campeões mundiais. Mas o Judô é um esporte difícil e um segundo pode decidir seu futuro. Enfim, decepcionaram por serem experientes.

Cielo caiu na piscina como grande chance de ouro, quase barbada. Mas adversários melhores e teve que se contentar com o bronze. É um grande atleta, mas foi mais um na contabilidade de favoritos que caíram.

O vôlei de praia, para mim, tinha que levar 4 medalhas e pelo menos uma de ouro. As meninas caíram nas quartas de final e os rapazes sucumbiram na final para uma dupla alemã que já ganharam diversas vezes. Na quadra, as meninas se superaram e levaram o ouro vencendo os favoritos EUA. Mas os homens . . . que branco foi aquele?! 2 X 0 em sets, 3 pontos de vantagem no 3º set e os caras simplesmente não conseguiram vencer a Rússia. Brincadeira.

O futebol, me recuso a falar. Viramos fregueses dos mexicanos e a medalha de ouro, uma lenda. 

Tivemos heróis, alguns que nem medalha ganharam mas defenderam muito bem as cores do Brasil. O box foi a grande surpresa, Marilson nada conseguiu mas lutou terminando exausto a maratona em rápidas 2h11, um de seus melhores tempos do ano.

O que ficou demonstrado foi o despreparo psicológico de nossos atletas. Parece que, quando têm os holofotes da mídia a seu favor eles ficam nervosos e amarelam. Sei que nada é fácil, são os melhores do mundo ali, mas onde somos favoritos precisamos demonstrar este favoritismo e, se cair, cair com garra.

O que Fabiana Murer fez para mim foi muito feio. Uma das atletas que têm apoio para treinar e competir, tem bagagem internacional, experiência e ir para os jogos dar apenas um salto?! nem a supercampeã russa Isinbayeva desistiu por causo do vento. E Fabiana chegou às vésperas de sus participação para os jogos, como vi ela e o treinador dizendo em uma reportagem. 

Do futebol eu não podia esperar outra coisa. Fiquei até surpreso vendo-os chegar a final. Torci, como brasileiro que sou, mas o que foi aquela partida meus amigos. Não vi os outros jogos mas na final a seleção não jogou para ser campeã.

Enfim, esperemos que no Rio tenhamos mais dignidade para cair. 

De qualquer forma, parabéns, Brasil! Foram mais vitórias que derrotas, com certeza.

E você, o que achou da nossa participação. Opine aí, clicando nos comentários.

Boas passadas.

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