sábado, 23 de junho de 2012

A MARATONA E O MITO DO QUILÔMETRO 30

Subida da Niemayer. Ali está o km 30.
E aí, Corredor ?!

Que a Maratona não e uma prova simples todos nós, envolvidos com o esporte, sabemos. Os treinos são cansativos e exigem bastante de todos nós, amadores que conciliamos a prática com o nosso dia a dia: trabalho, família, amigos.

Corremos todo o final de semana desde o início de abril pelo menos. Corremos durante a semana pelo menos duas vezes. Corremos na academia, na esteira. E são grandes distâncias, que fazíamos apenas em provas. Começamos com 21k, passamos por 26k e 28k, atingimos o pico nos 33 a 36k e agora estamos diminuindo a rodagem e amanhã voltamos aos 21k.

Tudo para chegarmos inteiros e prontos, fisica e psicologicamente, para encarar o desafio bem, sem quebrar no meio do caminho. Cada treino objetivou prepararmo-nos para a distância. Como já mencionei em post anterior, não é uma distância humanamente praticável e encará-la é total superação. A partir do 25k, é tudo garra e determinação. 

Mas o grande mito mesmo das maratonas está no quilômetro 30. Todos os corredores relatam que a partir dali tudo acontece: dores no corpo, as "sabotagens" mentais, o cansaço geral. Passar bem pelos 30k é um excelente sinal.

E no Rio, pelo que me lembro da Maratona do Rio em 2010, este bendito quilômetro cai exatamente no meio da única grande subida da prova, a da Av. Niemayer, quando saímos da Barra da Tijuca e rumamos para a zona sul carioca, para pegar o Leblon.

Lembro que, depois da grande descida, já no Leblon, a minha panturrilha começou a "gritar" e no 36º km ela "berrou" e quase não me deixou completar a prova. A perna travou, meus amigos, e não fosse saber como remediar, quebraria ali. Me arrastei nos 6k finais, fazendo-os em mais de 40min. E na chegada, parecia um robô com os braços estendidos e as pernas pesadas. Terminei! Mas em 4h11. Não fosse a dor, acho que terminaria antes das 4h, em 3h50 mais ou menos.

O que fiz de errado? Segui até os 13k Nirley e Jailto, amigos que estavam comigo nesta Maratona e que correm muito mais que eu. Os caras chegaram a fazer ritmos mais baixos que 5min/km, o que para mim, principalmente naquela época, era impenssável. E não me preparei adequadamente também: só fiz um longão de 33k, uma três semanas antes da maratona.

A revista Finisher publicou uma interessante matéria sobre este mito, que pode nos ajudar mais ainda a saber como superar esta barreira. Em "O mito do km 30" o jornalista Lucas Pereira traz algumas dicas importantes que podem ajudar.
  1. Manter o ritmo planejado anteriormente o mais correto possível é uma das soluções para não sofrer nesse momento.
  2. Não subestime os treinos longos. São neles que o corredor sente o desgaste de correr por muitas horas – e se prepara para superar as adversidades no grande dia.
  3. Evite a empolgação nos primeiros quilômetros da maratona. Manter a estratégia de ritmo projetada anteriormente faz toda a diferença.
  4. Hidratação e suplementação corretas são fundamentais para a manutenção do ritmo – e também para amenizar o impacto da longa duração da prova.
  5. Deixe tudo preparado (roupas, equipamentos e alimentos) na noite anterior à maratona, para evitar o nervosismo antes da largada.
  6. Crie uma estratégia de motivação durante o percurso, para evitar pensar no “muro” ao cruzar o 30º quilômetro.
(Fonte: Site da Revista Finisher: O mito do km 30. Contribuição do amigo Jailto)

Acho sinceramente, quando nos encontramos a 15 dias da Maratona Internacional do Rio, que nós da Equipe X que treinamos para a prova estamos preparados para superar o desafio. A Maratona é uma prova cheia de surpresas, mas acho que estamos prontos para qualquer uma delas.

E vamos que vamos!

Boas passadas.


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